segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Foram-se os anéis mas ficaram os dedos

Ontem e por imperativos pessoais não pude marcar presença em Alvalade, tendo apenas conseguido sintonizar, via internet, o jogo a partir do minuto 30, sensivelmente. Tudo à custa da rábula que foi o outro jogo em Braga que teve 3 (três) paragens devido à falta de luz, fazendo o jogo atingir uma primeira parte com 80 (???) minutos. Não vi portanto em directo o começo do jogo, e consequentemente, os golos de Sporting e Leiria.
Esqueçamos portanto esses 30 minutos que não posso comentar porque não vi e centremo-nos apenas na hora de jogo seguinte.
Vi um Sporting amorfo, com grandes dificuldades em esticar o jogo e de dinamizar o encontro. Vi um meio campo perdido com sérias dificuldades em fazer pressão, roubar a bola e ser lesto o suficiente na transição. Pelo meio ainda um bom período de 10 minutos, no início da 2ª parte, onde voltámos a assumir o jogo, como nos competia, e que nos valeu o segundo golo e os consequentes 3 pontos, pois foi nesse período que melhor jogámos. Do que vi.
A partir daí foi sempre a descer. Começámos a recuar, a não ter capacidade de fazer pressão, a despejar bolas para o meio-campo leiriense que invariavelmente se tornavam em novas vagas de ataque contrário e, mais uma vez, as pernas começaram a tremer, a meu ver com o alto patrocínio da jornada romena. O Leiria conseguiu, nesse período, para além dos 3 centros perigosíssimos para a pequena área que podiam ter dado o empate, inexplicavelmente (ou talvez não) encostar o Sporting às cordas. Felizmente para nós, não conseguiu os seus intentos, mas o cenário esteve bem negro por largos minutos e só mesmo nos últimos minutos o Sporting se voltou a soltar das amarras leirienses, voltando a dar um ar da sua graça.
No último suspiro do encontro selámos a vitória com o 3º golo, num penálti, no mínimo, estranho e, do mal o menos, foram-se os anéis, mas ficaram os dedos. Resta saber se, a jogar assim, os dedos aguentam muito mais tempo.
O campeonato pára agora durante 2 semanas e espero que a paragem sirva essencialmente para resolver os (muitos) problemas físicos com que nos temos deparado e para consolidar alguns processos que parecem ter sido esquecidos nos últimos jogos. Sabemos que o Rinaudo estará fora de combate, pelo menos, 3 meses e convém arranjar rapidamente uma solução para aquela posição que é, a meu ver, absolutamente crítica na nossa ideia de jogo. E convém trabalhar bem nesse particular, porque após a pausa, começará o verdadeiro teste a este Sporting.
Até 15 de Janeiro de 2012, receberemos o Braga para a Taça, iremos à luz e a Coimbra, receberemos o Nacional e o Porto e, para finalizar, iremos a Braga, tudo para o campeonato. Ainda com alguns jogos da Europa pelo meio, não se avizinha um período nada fácil onde decidiremos muito das nossas aspirações para esta época.
Penso que só um Sporting à imagem daquilo que fez entre o jogo de Paços e o de Aveiro, poderá aspirar a algo, porque o Sporting que vi ontem, na quinta-feira e, a (muitos) espaços, em Aveiro contra o Feirense, não terá a mínima hipótese. Sinceramente.

1 comentário:

  1. Foi um Sporting CP assustador a defender, como aliás eu já previa mas que apesar de tudo voltou a conseguir marcar cedo. Isso não evitou que repetisse a tremideira mesmo estando em vantagem. Uma falha de Tiago Ilori que tem de se perdoar e que deu origem ao golo do Leiria também não veio ajudar. Mas o mais assustador para mim foi ver Domingos colocar Pereirinha a titular e manter o jogador em campo (uma nulidade) durante tanto tempo. Pior ainda foi ver tirar Capel por troca com André Santos. Foi o mesmo que dizer. Estamos satisfeitos assim e um bocado aflitos também, como tal, empatem lá se conseguirem.
    Desta vez o Sporting CP teve sorte mas põe-te a pau Dominguinhos, põe, põe.

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