domingo, 4 de março de 2012

Pouco Sporting, algum galo e muita gralha

Mais uma vez, com um interregno de 4 jogos, o Sporting volta a claudicar, desta feita em Setúbal. Não porque o Setúbal tenha feito um grande jogo - que não fez -, como a maior parte da comunicação social quer fazer crer, mas por culpa própria, com algum galo e com muita gralha, própria e alheia.
O Sporting entrou mal, deixou-se pressionar por uma entrada a todo o gás do Setúbal e nos primeiros 15 minutos foi completamente manietado. Nesse período o Setúbal chega à vantagem com um golo esquisito (a mim parece-me que, de facto, a bola está dentro, mas nunca saberemos ao certo), já depois de ter enviado uma bola ao poste, minutos antes. E aos 20 minutos, o jogo (digno desse nome) do Setúbal chega ao fim. Remeteu-se para a sua defesa, em vantagem, e defendeu como pôde essa mesma vantagem.
O Sporting, por seu turno, depois de uma entrada em jogo péssima, foi paulatinamente tomando conta dos acontecimentos, sem nunca, no que à primeira parte diz respeito, incomodar Diego. 2 remates desenquadrados, é francamente mau.
Na segunda parte tudo mudou, embora sem resultados práticos. O Sporting foi mais assertivo na circulação, nas jogadas pelos corredores e começou a encostar o Setúbal às cordas, que se limitava a destruir. Foi assim do minuto 46 até ao 94º. Pelo meio, muito jogo até aos últimos 20 metros, mas poucas oportunidades e, na minha opinião por dois motivos: O primeiro prende-se com o facto do adversário jogar praticamente com 10 jogadores dentro ou nas imediações da área, tapando todos os caminhos, à vez, para a baliza e o segundo, intimamente interligado com o primeiro, prende-se com o facto de ao ponta-de-lança (ou à zona de decisão) chegarem pouquíssimas bolas em condições. Juntar a primeira e a segunda é juntar a fome à vontade de comer, no que à equipa do Sporting diz respeito. Pelo menos tem sido.
A juntar a tudo isto, que já não é pouco, houve muito galo, na forma como, em algumas situações (não muitas) a bola não entra e houve ainda muita Gralha.
Não querendo desculpar uma exibição onde o Sporting tinha de fazer muito mais, é, para mim, tácito referir que há muitos anos que não via uma arbitragem tão má e com tanto prejuízo para o Sporting. Foram 94 minutos de decisões erradas, dualidade de critérios, excesso de zelo para uns e libertinagem total para outros.
Pode tentar mascarar-se esse facto com o que se quiser, mas que ela existiu, existiu! E se não tem influência no resultado, tem influência clara no jogo. A dualidade de critérios do sr. Gralha - que fez claramente jus ao nome - foi gritante, porque durante todo o jogo assistimos a entradas, muitas delas repetidas pelo mesmo jogador, sem que o árbitro tivesse uma posição de defesa do espectáculo. No lado oposto, a cada falta que marcava ao Sporting, invariavelmente, amarelava o jogador em causa.
O exemplo mais gritante disto e que atesta, clara e concisamente, o que acabo de escrever é a situação do lateral direito Peter Suswam, que é substituído placidamente aos 65, depois de fazer, pelo menos, 5 faltas passivas de amarelo (algumas até alaranjado). Aos 14 tem uma entrada duríssima sobre Capel e vê o primeiro amarelo; Aos 33 faz outra entrada duríssima sobre Capel e fica em campo;  Aos 39 empurra Capel dentro da área (seria penálti e expulsão) e o sr. Gralha poupa-o de novo ao considerar que Capel simulou a falta quando se vê perfeitamente o empurrão e poucos minutos antes de sair, faz mais uma entrada dura, desta feita sobre Matías, a que o árbitro, mais uma vez, fez vista grossa, não à falta que a marcou, mas ao amarelo. Tudo isto a juntar ao cândido e constante recurso às faltas por parte deste jogador. Se Peter Suswam acabou a primeira parte, muito se deve ao sr. Gralha.
Mas há outros lances que merecem a minha análise neste contexto. Para ironia das ironias, o penálti que o sr. Gralha marcou a favor do Sporting é exactamente aquele que não o é. Brincadeira ou consciência pesada do "xôr" Gralha? Fugiu-lhe a consciência para a compensação que é mais um atestado que os árbitros dão da premeditação que trazem.
Alguns minutos antes, há um penálti claro sobre Matías (é abalroado por Bruno Amaro), que o sr. Gralha, mais uma vez e placidamente, manda seguir, assim como a entrada assassina sobre o Capel, já nos descontos, feita pelo Bruno Severino, são apenas alguns lances de exemplo de uma arbitragem que devia figurar nos compêndios de "Exemplos de como inclinar um campo".
Não há desculpa para a paupérrima exibição do Sporting, principalmente na 1ª parte, mas houve demasiada "mão" do sr. Gralha para aferir que, se a arbitragem tem sido normal (quando digo normal é no limite do razoável), o Sporting perderia este jogo em Setúbal. Eu tenho dúvidas.
Agora, não me digam é que 2 penálties e 1 expulsão perdoadas à mesma equipa, não têm influência num jogo, porque isso é falacioso.

PS: Não ouvi ninguém por parte do Sporting (até à hora em que comecei a escrever este artigo) insurgir-se contra esta arbitragem, o que é profundamente estranho, visto que houve melhores  arbitragens (bem melhores), no passado, que foram alvo de crítica violenta o que me leva a pensar aquilo que penso desde que este "governo" assumiu funções: "O Sporting está entregue ao bichos".

PS1: É inacreditável que o Sporting não consiga efectuar um jogo sem que se lesione ou se indisponibilize, pelo menos, um jogador. Hoje foi a vez com Wolfswinkel, à custa de uma gastroenterite.
Nós sócios já não confiamos na direcção, temos muitas dúvidas em relação ao Dep. Médico. Não nos façam desconfiar também do cozinheiro...

1 comentário:

  1. Eh pah!
    Estava a ler o teu post e pensar.
    "Por isto é que eu já tinha deixado de escrever sobre o Sporting".
    Pensamos o mesmo mas tu tens mais paciência do que eu e escreves com mais requintes de malvadez
    Eu já perdi a pachorra.
    Escreve tu que eu assino por baixo :)

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