terça-feira, 24 de abril de 2012

Eu sou Abril (não devíamos ser todos?)

Hoje nasci e amanhã quero crescer.
Não quero viver a morte lenta imposta a quem não se impõe, não grita, não chora e não luta. A letargia é já vício nacional na rotunda negligência do pensamento.
Sou e sempre serei Abril. Para mim, o significado é duplo, pois foi o despertar individual, na doçura juvenil, para ideal colectivo que foi sendo assimilado e maturado que hoje, mais do que nunca, se enfatiza.
Mesmo que não sirva para mais nada, sirvo, no limite, para lembrar que nem sempre fomos destituídos (seja na nossa própria limitação, seja na forma como nos tiram tudo), que nem sempre fomos ultrapassados, que nem sempre nos deixámos atropelar pela inevitabilidade do abismo. Sirvo, no limite, para nos lembrar que podemos mudar, que devemos evoluir e não sucumbir ao facilitismo da nossa própria tragédia. Sirvo, no mínimo, para ser livre, honrando os valores da liberdade.
Hoje nasci e amanhã vou crescer, porque eu sou Abril!

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