segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Começa a época...

...Começa a discussão.
Não me pronunciei sobre a pré-época do Sporting porque não a segui com grande atenção. Vejo agora que as contratações me parecem acertadas em lugares que eram de reforço imperativo, mas a avaliar pelo que vi ontem (globalmente gostei), a malta continua a esquecer-se de reforçar na posição que nos pode garantir mais pontos: A de ponta-de-lança!
O jogo de ontem foi típico de início de estação: Muita vontade em fazer bem, muita entrega, muita táctica, mas muito pouca objectividade. É natural, sendo o primeiro jogo oficial.
Gostei da ideia de jogo, mas os últimos 20 metros continuam a ser uma pobreza franciscana e se não forem os extremos ou os laterais a dar a sapatada no jogo (grande jogo do Cédric), o nosso ponta de lança é figura de corpo presente. Pior: Além de não vislumbrar alternativa (Viola, ao que parece, além de ser miúdo, não é um 9 puro), o Wolfs marca muito golos mas de bola parada, porque de bola corrida, é praticamente nulo.
É verdade que a bola pouco ou nada lhe chega, mas quando lhe chega ou está fora-de-jogo, ou não acerta na entrada à bola, falhando redondamente. Ontem fez "só" zero remates.
Até 31 de Agosto há possibilidade de reforço de uma posição tão nevrálgica como a de ponta-de-lança. E não me importo que venha um trintão tipo Acosta, desde que faça golos, porque já se viu que em jogos em que os últimos 20 metros têm 2 autocarros, como ontem, não será o Wolfs a resolver a não ser se o Carrillo ou o Capel caírem na área...

Outro assunto a respeito disto que queria abordar é o novel elogio da loucura. A doutrina tem já um par de anos, mas não deixa de me fazer confusão. Então o Guimarães, para os comentadores, mereceu o empate porque defendeu bem? O Vitória que - em especial na 2ª parte - esteve largos períodos sem sair do seu meio-campo? Que apenas criou perigo através de bolas paradas (com excepção a um remate aos 19')? Que apenas se limitou a povoar o meio-campo e a destruir jogo?
Realmente eu acho que anda tudo maluco. Eu posso dizer que ainda sou do tempo em que o "autocarro" à frente da baliza era mal visto. Hoje é "organização defensiva".
Eu ainda sou do tempo que o destruir jogo gratuitamente e sem vontade nenhuma de atacar, nem que fosse em contra-ataque era considerado jogar para o pontinho (Sim, eu sou do tempo do Beira-Mar do Vítor Urbano, com 3 centrais, dois laterais, 2 trincos, o Punisic e o Dino). Hoje é considerado estratégia.
Qualquer dia a falta de comparência deixa de ser estúpido e passa a ser parte de uma estratégia maior.

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