domingo, 14 de outubro de 2012

Hó...quei!

Estive há minutos a ver a prestação do Sporting em Hóquei em Patins, modalidade que estimo bastante e que prezo muito em ver de volta à 1ª Divisão e não posso deixar de me sentir frustrado. Encher o saco no Dragão caixa é só mais um episódio dramático da deriva que o clube vive. O resultado é - penso - fruto de tudo o que vou explanar a seguir e, por conseguinte, o menos importante, mas mais uma vez, o nosso símbolo, que é também um símbolo de ecletismo, continua a ser a chacota para gáudio dos rivais.

O trabalho feito, muito por carolice, nos últimos anos para devolver a modalidade ao escalão máximo é de louvar. Sublinho isso com estrondo. Esse trabalho merece de todos os sportinguistas o maior dos créditos e, ambas, devem continuar a acontecer.
É absolutamente extraordinário que haja um conjunto de sócios com projectos e objectivos em prol do clube, dentro ou fora dele, visto que quem dirige para não ter, nem ter tido, nenhum, desde que lá chegou.

Aquilo que me pareceu (corrijam-me se não for verdade), ao ver o meu clube ser novamente enxovalhado, é que o apoio institucional é pouco ou nenhum e, obviamente o resultado está à vista. Desculpem-me a mesquinhez, mas até os equipamentos são duvidosos.

Fazendo fé na minha análise, não posso de todo acreditar que o Sporting institucionalmente, não tenha querido investir o suficiente - relembrando que é a primeira vez de volta à 1ª Divisão após longo interregno - para, pelo menos, não fazermos estas figuras.
Sei que a equipa é jovem, com muita inexperiência à mistura, mas o objectivo do Sporting não pode ser lutar para não descer. Nunca!
Nem faz sentido que uma modalidade mítica de competição do Sporting se ande a arrastar sem meios por total inépcia directiva e/ou total desconhecimento do que é a génese do Sporting Clube de Portugal enquanto clube eclético.

Na minha modesta opinião, qualquer modalidade de competição que tenha a égide (e o emblema) do Sporting Clube de Portugal - ainda para mais quando se fala do hóquei em patins, modalidade que o Sporting muito ajudou a construir em Portugal -, tem que ter um investimento que permita a mesma ser competitiva ao ponto de se tornar auto-suficiente. Desportiva e financeiramente. Aliás, todos aqueles que louvei nas linhas anteriores, pelo seu esforço, pela sua dedicação, pela sua devoção e pela glória de, praticamente sem meios, chegarem ao escalão máximo, mereciam por parte de quem gere os destinos do clube, uma maior atenção e investimento no projecto em causa.

Mais: Chego à conclusão que os rivais, num assomo de conhecimento da grandeza do clube enquanto pilar da modalidade, fazem mais institucionalmente pelo Sporting, do que a maioria dos dirigentes que gerem o clube. Vejam as diferenças entre estas duas declarações:
Godinho Lopes, Presidente do Sporting, o ano passado, "pediu" ao Hóquei para não subir, muito provavelmente porque sabia que teria que investir e não o queria fazer (como, muito provavelmente, não o fez).
Tó Neves, treinador do Porto, após uma vitória de 12-0 sobre o Sporting, diz que " é sempre bom ter o Sporting de volta. Faz falta à modalidade e espero que este ano se mantenha, sem desprimor para as restantes equipas, mas espero que tenhamos a breve trecho o Sporting, de novo, a discutir o título."
De circunstância ou não, o facto é que ouvi da boca do mesmo.
Só me apetece dizer: Foda-se!

1 comentário:

  1. Quando o ano passado, aquela espécie de Bilbo Baggins, presidente empossado à custa de “afinações”, pediu ao hóquei para não subir, estava tudo dito.

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