terça-feira, 23 de outubro de 2012

O triénio em batalha naval

A prova que a direcção que gere o Sporting, não era mais do que um albergue espanhol (e dos maus!) está à vista.
Vão-se multiplicando os torpedos, de toda a parte (inclusive, em alguns casos, da própria) o que tem causado - com grande estrondo, diga-se - a implosão desta direcção.
Vejamos quem eram e como foram afundadas as maiores figuras do projecto do... - porque não chamá-lo - triénio!

Carlos Barbosa
Presidente Dixit "Carlos Barbosa é uma mais valia, pois é presidente do maior clube português. Se há alguém que consegue arranjar investidores e patrocinadores é ele"
Barbosa Dixit:" Para o ano os nossos adversários são Real e Barça"
Digo eu: Yeah, Right! Misleading the pills again.
Status: Barco de dois canos ao fundo com dois tiros certeiros. Diz ele que foram tiros profissionais que o fizeram ir ao fundo.

Paulo Pereira Cristóvão
Epíteto: Robocop ou a Guarda pretoriana desta direcção
Dixit: " Não desviei dinheiro em meu benefício"
Digo eu: Pode não ter sido em teu benefício, mas foi no de alguém.
Status: Barco de três canos ao fundo com 3 tiros certeiros. Os tribunais, quando querem têm uma pontaria do camandro.
Mais: É de assinalável atraso mental que um ex-PJ seja, justamente, "agrafado" por ex-colegas seus. Por aí se vê a fama do "menino".

Domingos Paciência
Presidente Dixit: É o treinador para o triénio e o treinador do projecto (esta última, confesso que não sei do que é que ele falava)
Domingos Dixit: Eu vejo médicos, eu vejo fadistas, eu vejo carpinteiros, eu vejo toda a gente a falar do Sporting.."
Digo eu: Se em vez de te preocupares com isso, te tivesses preocupado em arranjar um plano B, para quando as coisas corriam mal, em vez de coçares a cabeça, eras capaz de te ter safado melhor. Digo eu.
Status: Barco de um cano ao fundo com 1 tiro certeiro. E à traição. Num domingo não estava em causa e continuava a ser o treinador do triénio (O Domingos tem passe vip para os domingos) e na segunda estava na rua.

Ricardo Sá Pinto
Epíteto: o 2º treinador do triénio (convém lembrar ao lambuças-mor que um triénio são 3 anos e não 15, como ele, claramente, pensa)
Sá Pinto Dixit: " A equipa não está forte, está fortíssima"
Digo eu: De facto o plantel tem mais soluções, mas até um bom plantel formar uma boa equipa, vai um longo caminho que o Sá, por muito bem intencionado que seja, não consegue promover. A rábula de um meio campo por jogo mostra, de certa forma, a impreparação para um cargo tão exigente (sem qualquer hipocrisia, fui um dos que acreditei que o Sá soubesse modelar a cena, mas percebi que não, pelo menos não no Sporting).
Status: Barco de um cano ao fundo com 1 tiro certeiro. O barco de um cano bem se esquivou durante algum tempo dos mísseis internos, mas a onda de tsunamis (vejam a forma como se cria um pleonasmo cómico) acabou por apanhá-lo.

Luis Duque e Carlos Freitas.
Presidente Dixit: "Dupla maravilha que pode levar o Sporting, de novo, aos títulos"
Duque Dixit: "Não há quaisquer divergências na SAD"
Digo eu: Qual SAD? Mas ainda há uma SAD? Mas ainda há Sporting?
Satus: Jornada Dupla. Uma Fragata e um barco de 3 canos ao fundo quase em simultâneo. Depois do enchimento de bolsos em comissões com retorno duvidoso, ambas as "barcaças", já tinham dificuldade em navegar. Pode dizer-se que apenas boiavam (o que no caso do Duque é um eufemismo)... Acertar em elementos imóveis é mais fácil.

Portanto, o que eu retenho disto tudo, brincando, é: Para esta direcção afundar - parece-me - apenas falta continuarmos a disparar sobre ela.

E o que é que falta?
- O porta-aviões Godinho (com toda a gente dentro. Rui Paulo Figueiredo, João Pedro Varandas e todos os Yes Man do porta-aviões): Está farto de levar torpedos e com grande dificuldade vai-se aguentando porque parece andar claramente à deriva. Resta saber até quando.
- Os dois barcos esquivos de um cano. Nobre Guedes e Ricciardi. Parecem peões num jogo de xadrez, embora, pela forma como têm, em sucessivas direcções, passado entre os pingos da chuva e proliferado, rapidamente se percebe que estes "peões", de peões não têm nada. São de todos os barcos, os mais perigosos e os mais difíceis de afundar.
- Todos os outros barquitos e barcaças que vão navegando na órbita do porta-aviões e que se pense que, por si só, podem fazer mossa.

Como vêem, a frota (???) já está muito debilitada. É preciso um assalto final para afundarmos de vez esta frota maldita.
Apesar de a nossa frota estar também debilitada de 15 anos de guerra mais ou menos violenta, há que acreditar que este é o momento de pôr no papel a frase: GAME OVER!

domingo, 14 de outubro de 2012

Hó...quei!

Estive há minutos a ver a prestação do Sporting em Hóquei em Patins, modalidade que estimo bastante e que prezo muito em ver de volta à 1ª Divisão e não posso deixar de me sentir frustrado. Encher o saco no Dragão caixa é só mais um episódio dramático da deriva que o clube vive. O resultado é - penso - fruto de tudo o que vou explanar a seguir e, por conseguinte, o menos importante, mas mais uma vez, o nosso símbolo, que é também um símbolo de ecletismo, continua a ser a chacota para gáudio dos rivais.

O trabalho feito, muito por carolice, nos últimos anos para devolver a modalidade ao escalão máximo é de louvar. Sublinho isso com estrondo. Esse trabalho merece de todos os sportinguistas o maior dos créditos e, ambas, devem continuar a acontecer.
É absolutamente extraordinário que haja um conjunto de sócios com projectos e objectivos em prol do clube, dentro ou fora dele, visto que quem dirige para não ter, nem ter tido, nenhum, desde que lá chegou.

Aquilo que me pareceu (corrijam-me se não for verdade), ao ver o meu clube ser novamente enxovalhado, é que o apoio institucional é pouco ou nenhum e, obviamente o resultado está à vista. Desculpem-me a mesquinhez, mas até os equipamentos são duvidosos.

Fazendo fé na minha análise, não posso de todo acreditar que o Sporting institucionalmente, não tenha querido investir o suficiente - relembrando que é a primeira vez de volta à 1ª Divisão após longo interregno - para, pelo menos, não fazermos estas figuras.
Sei que a equipa é jovem, com muita inexperiência à mistura, mas o objectivo do Sporting não pode ser lutar para não descer. Nunca!
Nem faz sentido que uma modalidade mítica de competição do Sporting se ande a arrastar sem meios por total inépcia directiva e/ou total desconhecimento do que é a génese do Sporting Clube de Portugal enquanto clube eclético.

Na minha modesta opinião, qualquer modalidade de competição que tenha a égide (e o emblema) do Sporting Clube de Portugal - ainda para mais quando se fala do hóquei em patins, modalidade que o Sporting muito ajudou a construir em Portugal -, tem que ter um investimento que permita a mesma ser competitiva ao ponto de se tornar auto-suficiente. Desportiva e financeiramente. Aliás, todos aqueles que louvei nas linhas anteriores, pelo seu esforço, pela sua dedicação, pela sua devoção e pela glória de, praticamente sem meios, chegarem ao escalão máximo, mereciam por parte de quem gere os destinos do clube, uma maior atenção e investimento no projecto em causa.

Mais: Chego à conclusão que os rivais, num assomo de conhecimento da grandeza do clube enquanto pilar da modalidade, fazem mais institucionalmente pelo Sporting, do que a maioria dos dirigentes que gerem o clube. Vejam as diferenças entre estas duas declarações:
Godinho Lopes, Presidente do Sporting, o ano passado, "pediu" ao Hóquei para não subir, muito provavelmente porque sabia que teria que investir e não o queria fazer (como, muito provavelmente, não o fez).
Tó Neves, treinador do Porto, após uma vitória de 12-0 sobre o Sporting, diz que " é sempre bom ter o Sporting de volta. Faz falta à modalidade e espero que este ano se mantenha, sem desprimor para as restantes equipas, mas espero que tenhamos a breve trecho o Sporting, de novo, a discutir o título."
De circunstância ou não, o facto é que ouvi da boca do mesmo.
Só me apetece dizer: Foda-se!

domingo, 7 de outubro de 2012

A salvação começa em nós. Sempre!

Em Fevereiro deste ano, escrevi aqui um artigo intitulado "Sporting e a maior encruzilhada da sua história" que podem consultar aqui, onde fazia uma análise do momento que se vivia então no Sporting, tanto desportivamente como directivamente.
Passados que estão 9 meses, sensivelmente, deparo-me com o arrastar solidário da mesma situação com uma enorme diversidade de protagonistas.
A situação directiva mantém-se e, em alguns casos concretos, piorou substancialmente. A total inépcia que esta direcção tem é confrangedora, por um lado e assustadora, por outro. É confrangedora no sentido em que nada do que esta direcção se meta tem retorno desportivo ou financeiro e assustadora porque começo a achar que é daqueles casos em que os visados têm pouca ou nenhuma noção do mal que vão fazendo. Pior dos que fazem mal com maldade são os que fazem mal pensando estar a distribuir o bem. E esta direcção, parece-me, já entrou nesse processo há algum tempo.

O triénio (como tanto gosta o actual presidente de se referir ao mandato) carece urgentemente de um projecto. Um projecto sólido que definisse rumos e objectivos claros e concisos e que toda a gente, desde o presidente, passando por toda a estrutura (outra coisa que falta na sustentação de qualquer projecto), até chegar ao sócio ou ao adepto, se identificasse com. Mas mais importante do que haver um projecto é haver competência. E essa é a virtude que falta. Há empenho, há vontade, há "carolice", mas falta competência e sem ela não há ideia que tenha sucesso de implementação. Pior, além da incompetência inerente ao pináculo directivo, o mesmo vai mostrando mais incompetência ao rodear-se de pessoas de ocasião, sem qualquer critério para além de ganhar votos/silêncios nos vários sectores palacianos do clube.

O Sporting Clube de Portugal - e já o disse - é uma cópia, em ponto pequeno, do país e do sistema político-partidário que temos. O paralelismo, se assim se quiser entender, chega a ser assustador, senão vejamos:
O Passos Coelho do Sporting é o Godinho Lopes e o Governo é a direcção. Neste contexto percebemos que tanto o Passos como o Godinho percebem zero da poda, por um lado por serem idiossincraticamente incompetentes e, por outro, por não terem experiência nenhuma para um cargo para o qual foram "eleitos".
Pior, os seus governos, têm zero experiência de governação e isso vê-se nas diversas aparições institucionais.

O Governo
Tal como Passos, Godinho "venceu" com cerca de 33% dos votos que não legitimam ninguém, mentiu descaradamente na campanha, nunca cumpriu uma promessa que fez e acha que não está fragilizado.
Sobre o Governo, ainda em paralelismo, torna-se claro que o Relvas era o PPC, o Gaspar é o Nobre Guedes/Ricciardi, o Portas é o Barroso e a Cristas é o Rui Paulo Figueiredo.
PPC, o Relvas do Sporting, também era o braço direito do Godinho, está metido até aos dentes em processos de coacção, esquemas diversos e é daquelas pessoas que dá mau nome a qualquer instituição porque nada parece ser transparente.
Nobre Guedes/Ricciardi, fazendo o paralelismo com Gaspar, são aqueles que, como lapas, se mantém há vários governos com o único intuito de delapidar e perpetuar o saque que é feito no clube há cerca de 15 anos. Por um lado apagam as provas de qualquer má gestão ou gestão danosa e por outro continuam a vender o que resta e a fazerem project finance atrás de project finance, sem que se veja fim à vista do serviço da dívida.
O Barroso, está contra algumas medidas da actual direcção, mas por uma questão de solidariedade institucional (o que é estranho vir de um adversário eleitoral, sendo eleito para a mesa da AG que é o órgão que defende os sócios) e tal como Portas, assina sempre de cruz os sucessivos "orçamentos de estado".
Por fim a Cristas do Sporting, Rui Paulo Figueiredo é um pau para toda a obra. Já mudou 567 vezes de cargo desde que tomou posse, mas tal como Cristas, não há nada que se possa ligar ao seu trabalho, porque em boa verdade não se sabe nunca o que este senhor faz, a não ser que, fora do clube, é deputado e membro daquela instituição dos aventais abichanados que tem muita saída junto dos corredores do poder de ambas as instituições de que ele faz parte (AR e SCP).

A Oposição
Bruno de Carvalho parece ser uma espécie de José António Seguro do Sporting e tal como o actual líder do PS, dá-me a sensação de esperar que o poder lhe caia de podre no colo. Para isso, manda umas bocas, faz umas declarações, aparece, mas tal como o Seguro, apesar de ser contra e ele próprio o diz(seja em que for), abstém-se sempre de se chegar à frente.
Numa altura em que uma oposição mais "musculada" já teria trazido outros resultados (pelo menos é essa a minha ideia), Bruno de Carvalho tenta, delegar nos sócios (????) o ónus da marcação de uma AGE que faça uma espécie de moção de censura ao actual "governo", quando, claramente, a capacidade de mobilização de um sócio ou de um grupo de sócios comuns, é inferior à sua própria capacidade de mobilização. Quanto mais não seja pelo capital de confiança angariado durante as últimas eleições.
Tal como Seguro, Bruno de Carvalho parece sempre esperar não ficar mal junto dos eleitores numa próxima votação, porque de outra maneira, já se teria chegado à frente. Pelo menos era o que eu faria no lugar dele.

A JuveLeo representa claramente o CDS, porque estão sempre do lado do poder. Tal como o CDS, tiveram a necessidade institucional de, e abertamente, se ligar à direcção porque é ela que garante a manutenção do status quo. Tal como o CDS, mandam zero (embora tenham ideia do contrário), mas em todo o caso, ficam bem na foto ao lado do poder. No dia em que o poder mudar e tal como o CDS, mudam o chip e viram para o outro lado.

A Torcida e o Directivo são o Bloco e o PCP do Sporting. Estão claramente contra a direcção (não sei se institucionalmente), mas tal como os dois partidos na AR a apresentar moções que sairão sempre chumbadas, as duas claques fazem as moções de censura possíveis através de tarjas e palavras de ordem que se perdem nos 90 minutos de cada jogo. Nada mais do que isso.

Por fim e mais importantes, os sócios. Nós, sócios, somos o povo do Sporting. Somos quem paga as quotas, quem sofre com as vitórias e as derrotas. Quem se esfalfa para andar às centenas de quilómetros, quem faz contas para meter na equação o Sporting. Por isso, é a nós a quem é pedida a palavra, porque é a nossa palavra que realmente interessa. Os Godinhos, as direcções, a influência institucional das claques e a puta que os pariu a todos passam como se fossem comichão nos tomates, mas enquanto houver sócios que gostem a sério deste clube centenário, o Sporting nunca morrerá.

Já todos percebemos (ou pelo menos alguns) que com estes intervenientes, vai mudar-se para ficar tudo exactamente na mesma. Por isso, não há salvação possível, nem D. Sebastião (alegoria a um messias qualquer que apareça e do nada resolva todos os problemas a que ninguém se deu ao trabalho sequer de pensar) que nos valha se, individualmente e/ou colectivamente, não quisermos ser salvos.

Ao pensar que podemos ter direitos sem os deveres inerentes somos negligentes connosco e com tudo aquilo em que acreditamos deixando essa responsabilidade para terceiros. A salvação começa e acaba em nós. Sempre!