segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

A indignação é uma faca de dois gumes... para alguns

Já não escrevo aqui há uns meses valentes. Não senti durante esse período de tempo nenhuma necessidade nem vontade especial de o fazer até hoje.
Tenho acompanhado a indignação gerada à volta dos jogos do Sporting com alguma satisfação, não porque o benefício me seja particularmente satisfatório, que não o é, mas porque eu sei que a indignação gerada à volta dos mesmos não se prende com isso. Antes penso que se prende com o facto de o Sporting com um décimo do investimento de Benfica e Porto, com uma média de idades bem inferior e, mais importante, sem grandes nomes de cartaz, estar a fazer o mesmo, senão melhor, do que os dois outros.

A indignação é lixada. E em Portugal, ela é ainda mais lixada porque normalmente assenta em pressupostos que só são aplicáveis aos outros. É uma chatice, como coerência intelectual, quando temos que nos indignar na mesma medida em assuntos similares, mas em que o beneficiário somos nós. Normalmente o caso muda de figura o que se configura numa figura bem portuguesa chamada desonestidade intelectual que é transversal à nossa sociedade. Desde o pináculo até à base, toda a gente usa e abusa da desonestidade intelectual de apontar aos outros os defeitos que não somos capazes de desvendar em nós próprios.
Vem isto a propósito do golo (mal) anulado ao Sporting no Sábado, diante do Nacional e dos casos dos jogos que lhe antecederam.

Tenho visto, desde o princípio do campeonato muita gente indignada com os foras-de-jogo do Montero, em jogos que o Sporting até venceu confortavelmente. De facto eles existiram, mas muitos deles precisam de pelo menos uma repetição para serem descortinados. Repetição essa que o auxiliar não beneficia em tempo real. Obvimanente que não é isso que faz com que deixem de ser erros. São-no na sua plenitude e sou contra isso.

Por outro lado, ainda a semana passada, num jogo em que o Benfica venceu em Olhão por 3-2, um dos golos do Benfica é obtido na posição de fora-de-jogo. Por mim tudo bem, acontece. Por uma questão de coerência, não serei eu a trazer esse lance à baila, senão apenas para atestar e fundamentar o meu caso. Porém, no final desse mesmo jogo, os mesmos que andam há meses a indignar-se com os foras-de-jogo alheios, sobre o lance capital, nem uma palavra e é facto que, linearmente, o Benfica tira vantagem no resultado final de um lance irregular. Relembro que o resultado foi 3-2 e não 5-0.

Mas a indignação atingiu um novo patamar no jogo do Sporting com o Belenenses, com aquele lance caricato que é transformado em penálti. Faço desde já uma declaração de intenções em relação ao lance dizendo que, na minha opinião, há falta (braço não é ombro), mas ela é fora-da-área, ainda que no limite. Acerca desse lance, os indignados do costume bradaram aos ventos todos a atestar a roubalheira, mas minutos depois, deviam estar com a televisão apagada, porque não viram um penálti claro sobre o Montero que até seria bem mais penalizador para o Beleneneses, pois ficaria, como mandam as leis, reduzido a 10. Sobre o primeiro lance a indignação total, mas sobre o segundo, mais uma vez, nem uma palavra. E neste caso nem são dias de diferença, são minutos.

No Sábado, mais uma vez, o lance é legal (duvido inclusive que haja contacto), daria o primeiro e talvez único golo do jogo, portanto e por esse prisma acredito que tem influência clara no resultado e essa influência é abismalmente maior do que um fora-de-jogo que dá golo quando o resultado é 5-0.
E até hoje continuo à espera dos indignados do costume.

Volto a escrever o que uma vez escrevi aqui. Se há coisa que os adeptos de Benfica e Porto não têm moral absolutamente nenhum para se queixar é das arbitragens. Nem para se queixar das deles nem para indignar com as dos outros, porque olhando para a história do futebol em Portugal, os dois clubes em questão, têm muitos troféus nas suas vitrines manchados por uma espécie de névoa com muitos episódios mal explicados.

Como diz o povo: "Ou há moralidade ou comem todos".
Neste país em quase todas as matérias, há uma imoralidade crescente e comem muito poucos.

domingo, 19 de maio de 2013

A eloquência dos números

Numa altura em que o meu clube vence calmamente o seu jogo perante o quase despromovido Beira-Mar, no último suspiro da época, creio ser a altura de fazer um balanço. Mais do que o balanço desta época, importa, à luz dos números, perceber-se porque é que o Sporting chegou ao momento de exibir a sua pior cara, num ano marcado pelo transbordar do copo, definitivamente.

É claro, para mim, perceber que até ao início dos anos 80, o Sporting exibia ainda uma muito boa pujança. Coincidências ou não, a saída de João Rocha da presidência fez uma espécie de canto do cisne na influência do Sporting no futebol português. Seguiram-se presidências más, presidências quase inexistentes que arrancaram ao Sporting grande parte da pujança que ainda resistia. Até aparecer Sousa Cintra.
Sousa Cintra, apesar de ter ganho pouco como presidente, restituiu muito do amor-próprio que durante quase todos os anos 80 o Sporting tinha perdido. A sua saída acabou por redundar naquilo que hoje vivemos. Um project finance que - percebe-se hoje -, tinha como único objectivo tornar o Sporting numa empresa e tornar os sócios em clientes, como se de uma dependência bancária se tratasse. Vendeu-se tudo, os anéis e as pulseiras, deixando o Sporting, um dos clubes com maior património em Portugal, quase sem activos para meter no "prego", num dia de chuva.

Se olharmos para os números que apresento abaixo, perceber-se-á que o Sporting tem vindo a perder influência de há décadas a esta parte. Influência na decisão e influência no quadro de honra, no que a futebol profissional diz respeito.
É claro e óbvio, numa altura em que se centram no rival da 2ª circular todas as nossas frustrações, servindo, inclusive, em muitas situações para esquecermos os nossos (muitos) porblemas internos, é assustador, aquilo que o Sporting perdeu, não para o Benfica, mas para o Porto.

Cada um tire as suas conclusões.
Dou uma ajuda para que se perceba que os rivais têm de ser tratados como tal e de igual modo. O facto de o não termos feito, acabou por contribuir para "darmos o flanco" a um deles e esse aproveitou e  de que maneira.

Como poderão constatar, na entrada dos anos 80, que coincide com a saída de João Rocha e a entrada de Pinto da Costa, O Sporting tinha 15 campeonatos, o Benfica 23 e o Porto 7 (???).
33 anos anos depois, as contas são simples: Sporting ganhou mais 3, o Benfica ganhou mais 9 e o Porto ganhou mais 20 (???)
Se considerarmos apenas a partir dos anos 90, o Sporting tinha 16, o Benfica 28, e o Porto 11.
23 anos depois, o Sporting ganhou mais 2, o Benfica mais 4 e o Porto mais 16 (??), sendo que nesta década limpou os 3 primeiros.

Acho que a reflexão tem de ser profunda para potenciarmos o futuro que queremos para um Sporting forte e não subserviente como o foi nos últimos 30 anos.

Já acordámos parcialmente da letargia ao "deslambuçarmos" o clube, mas isso só não chega e o facto de atingirmos hoje a pior classificação de sempre pode servir para tornar essa reflexão um exercício positivo.
Um 6º lugar em aexequo, que na realidade conta como 7º, porque não conseguimos vencer uma só vez o Rio Ave, tem que dar que pensar, bem como a diferença pontual para os primeiros.

Para quem diz que os orçamentos fazem os campeões, olhe-se com olhos de ver para o Paços, que com um dos orçamentos mais baixos da Liga consegue o que muitos analistas dizem ser impossível, contrariando o bando de escrivãos da praça. E por mérito próprio.

Só nos resta, num futuro próximo, pegarmos na ideia e construirmos um futuro carregado de títulos.

domingo, 12 de maio de 2013

Bater no fundo

Há demasiado tempo que o digo e hoje, perante a constatação clara e inequívoca da realidade, digo-o com mais veemência: O Sporting tem de olhar para dentro, reorganizar-se e crescer sustentadamente. Leve o tempo que levar. Andarmos a enganar-nos a dizer que podemos chegar e fazer, sem lançar as bases daquilo que é realmente importante, é brincar com o futuro de uma instituição única e centenária.

A verdade é que este bater no fundo que hoje se efectivou (a pior época de sempre que culminou com a não ida à Europa) é um wake up call que, na minha óptica, levou demasiado tempo para acontecer. Temos ficado demasiado tempo a demasiados pontos do primeiro lugar - o que devia, por si só, funcionar como alerta -, para alguém no seu perfeito juízo, vir dizer que este desfecho não era previsível. O desfecho acaba por ser o culminar de quase duas décadas de roquetismo que levaram o clube à ruína financeira e à quase ruína desportiva, da qual o clube se tem safado, nos últimos anos, in extemis. Até hoje.

Obviamente que os sportinguistas se sentem tristes pela não ida à Europa, não só porque isso é um tão necessário encaixe financeiro, tão grande quanto for o desempenho, mas acima de tudo pelo prestígio que confere a quem enverga a camisola listada verde e branca.

No entanto, na minha humilde opinião, a não ida à Europa tem os seus lados positivos, por muito que nos custe admiti-lo.
Desde logo porque o Sporting precisa, com urgência, de se reinventar, a partir da formação, que é uma ideia que eu considero muito boa. Ainda por cima com escola (entretanto abandonada sabe-se lá a que propósito) no próprio clube, mas que precisa de ser trabalhada em qualidade e exigência, para num futuro próximo poder cumprir os seus reais desígnios: Fornecer a matéria-prima para a 1ª equipa, sempre.
Depois porque o clube pode viver um ano de maior rigor desportivo e financeiro e lançar, a esse nível, as bases de um futuro.
Convenhamos que será mais fácil começar a aplicar um modelo assente na formação quando o prestígio ou o "financiamento" europeus não correm o risco de ser postos em causa e quando os objectivos são apenas de consumo interno.

Na próxima época o Sporting tem a hipótese clara de lançar as próximas décadas douradas.
Basta que consiga aproveitar um verdadeiro "ano zero" para fazer as reformas e mudar aquilo que tem de ser mudado. Com calma e preseverança, com exigência e profissionalismo, com competência e vontade, o fundo onde batemos hoje, pode ser o trampolim de amanhã. E o primeiro passo já foi dado a 26 de Março.

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Estender Passadeiras...

Posso dizer que tive o infortúnio de ver o dérbi pela televisão. E digo infortúnio, porque chego à conclusão de ter visto um jogo que poucas ou nenhumas pessoas viram.
Bem sei que a clubite, principalmente com o título ali tão perto, desculpa o indesculpável , para além do facto de os últimos títulos do Benfica já nos terem habituado a estes fenómenos do entroncamento.

Mais, tem havido por via desses fenómenos, uma tentativa muito forte por parte de toda a comunicação social em branquear aquilo que eu considero uma das mais óbvias demonstrações da corrupção que grassa no futebol cá do burgo há décadas e que vai mudando de mão consoante os momentos.

Dizer, como eu ouvi dizer em vários órgãos de comunicação social, que 2 penálties e 1 expulsão nos primeiros 25(?) minutos não têm influência no resultado é, no mínimo, desonesto.
Dizer que se concorda que alguns lances seriam passíveis de falta grosseira dentro da área, mas defender que o Benfica mereceu vencer, recorrendo desonestamente a um lance de génio é, no mínimo, paradoxal, porque o jogo não tem 10 minutos na 1ª parte e os que interessarem na 2ª.

Aliás, não me lembro, em 30 anos, de um roubo destes, nem sequer nas Antas, onde normalmente, os fenómenos do entroncamento se continuam a multiplicar. Eu contei a grosso modo, 5 ou 6 lances capitais passíveis de falta e/ou punição disciplinar que mereceram por parte de quem dirigiu o encontro nenhuma atenção.

A saber:
Minuto 6: Garay toca Wolfswinkel desequilibrando-o. Independentemente do que aconteceu a seguir o árbitro devia ter apontado para a marca da grande penalidade. Dentro da área não há lei da vantagem.
Minuto 8: Maxi Pereira é surpreendido nas costas por Capel que se antecipa e Maxi, sem possibilidades de jogar a bola, pontapeia o calcanhar de Capel. Lance óbvio de grande penalidade e respectivo cartão amarelo porque Capel apesar de se poder isolar, não estava enquadrado com a baliza
Minuto 23: Entrada de Matic sobre Bruma merecedora de vermelho directo. É uma entrada que põe em causa activamente a integridade física do adversário e a bola já não se encontra no local.
A meio da primeira parte (não sei precisar o minuto): Entrada por trás a varrer de Luisão sobre Wolfswinkel que nem merece a marcação da falta que seria à entrada da área em posição frontal. Se o árbitro não considerou falta, logo não deu amarelo.
Também a meio da primeira parte: Entrada com tudo de Maxi sobre Capel. Para Maxi vale tudo, mãos, braços, cotovelos, etc. Partindo do pressuposto que já tinha amarelo, teria que ser expulso.
Minuto 66: Luisão carrega Wolfswinkel no limite da área. Leva amarelo e bem, mas devia ter sido o segundo.
Minuto 88: Viola faz um túnel a Maxi (que já nem devia estar a jogar, não só pelos amarelos que lhe foram perdoados, mas também pela quantidade de faltas que faz) e este ostensivamente obstrui a passagem do argentino do Sporting. A bola já passou e Maxi nem se preocupa com ela. Mais um amarelo, no mínimo, mas como seria falta em posição frontal para penáltie, o vermelho seria o mais indicado.

Como se pode constatar, um jogo destes não se configura no normal erro arbitrário. 7 erros capitais, 5 dos quais na primeira metade da primeira parte é obra e não é do espírito santo, embora com o nome de Capela, possa pensar-se que é.
Se tivermos ainda em conta de que o Benfica fez o seu golo aos 36 minutos, praticamente na primeira jogada que consegue construir, então a potencial influência no resultado das decisões do senhor do apito, ainda se tornam mais evidentes.

Quem quiser branquear isto, dormirá de acordo com a sua consciência, mas depois, não pode (ou não deve), numa lógica de idoneidade intelectual, vir gritar "ó da guarda" quando se sente prejudicado, muitas das vezes sem razão e assobiar para o lado quando, como no Domingo, é-lhe estendida uma passadeira vermelha para jogar sozinho.

Não digo que o Sporting ganharia de caras, até porque me parece - e já me parece há demasiado tempo - que faltam os últimos 30 metros, mas claramente - e nunca saberemos - discutiria o jogo e o resultado. Com o Capela a estender passadeiras, o Sporting só discutiu o jogo e apenas nos momentos que foi lícito fazê-lo. Nunca teve hipótese de discutir o resultado.

PS: Para quem acha que os Sportinguistas estão a ser chorões e calimeros, pensem nisto muito concretamente: o célebre jogo de Guimarães, mas 3 vezes pior. É mais ou menos assim que nos sentimos. E temos razão para isso porque os lances são óbvios e definidores de um jogo, tal como o foi em Guimarães. Para quem diz que arbitragens destas são boas, devia ter vergonha na cara, porque no passado já disse o contrário.

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Recuperação da soberania e independência institucional

Em 17 anos perdi a conta ao número de reestruturações financeiras, com este ou qualquer outro nome, feitas supostamente por gente que era, à partida, considerada guru da finança e em quem a banca reconhecia competência e credibilidade. Em todas elas o Sporting ficava sempre pior depois da sua implementação, cada vez mais cativo e dependente da banca e apenas por duas razões que, perante este "novo começo" (passo a espécie de pleonasmo) são cada vez mais óbvias: negligência e premeditação ou ambas. A própria base da negociação, completamente minada em garantias, mostra bem que o que foi, programaticamente, a Era Roquette.

Foi preciso chegar a presidente um suposto garoto, que vibra com os golos do Sporting e que aparentemente não tem credibilidade junto da banca para fazer valer a sua inexperiência, a sua garotice e o seu sportinguismo.

A verdade sincera é que o actual presidente do Sporting partiu de dois pressupostos simples - que deviam ter balizado todos os outros antecessores, ainda para mais com a credibilidade que gozavam junto da banca e os conhecimentos económico-financeiros que detinham - Soberania e independência institucional.

Esses dois pressupostos que se interligam quase organicamente é que permitem que numa negociação que se avizinhava bastante dura, face ao próprio momento que o país e o clube atravessam, o Sporting tivesse algum poder negocial. De outro modo, como os últimos 17 anos mostraram de forma tão eloquente, a banca não negoceia, impõe. E a imposição, por parte de terceiros, numa instituição independente é inaceitável, mesmo que esses terceiros achem que, como credores, têm de ter uma palavra a dizer.

Como já o disse no passado por diversas vezes, era exactamente o mesmo que o banco onde tenho a hipoteca da minha casa, nomear uma pessoa para gerir as minhas contas e decidir como e onde gasto o dinheiro. Inaceitável.

Nem sempre estive de acordo com Bruno de Carvalho nos anos que intermediaram as duas eleições, porque achava que devia ter feito de outra maneira e mantenho a ideia, mas se há coisas que critico e critiquei no passado, por uma questão de coerência, tenho que lhe tirar o chapéu neste particular, e elogiá-lo (a ele e à sua equipa) de forma estridente como também o fiz no passado.

É motivo de orgulho para mim, como o deve ser para todos os sportinguistas, que o agora presidente tenha sabido usar o nome e o peso social do Sporting Clube de Portugal em proveito do próprio clube, pela primeira vez em quase duas décadas.

Espero apenas que esta seja uma das muitas batalhas que este "executivo" trava para ganhar e não para fazer número de circo e aparecer. Confesso que tinha algumas dúvidas - e era perfeitamente legítimo - que ele fosse bem sucedido onde todos os outros falharam, mesmo que por razões diversas. Para já porque era muito complicado à partida e porque não dependia apenas de uma das partes, como não depende nenhuma negociação, mas a forma como se chegou a acordo, defendendo os interesses superiores do clube e do próprio projecto - embora não saiba ainda os traços concretos do mesmo - deixa-me muito esperançado num futuro cada vez mais risonho. Espero sinceramente que assim seja.

Afinal e como sempre soube, na vida como em tudo, é apenas uma questão de querer, de intransigência nas questões fundamentais e de fibra.

PS: Reforço que ainda não conheço os traços concretos do acordo, apenas fazendo fé na ideia passada na comunicação social de que o acordo é muito bom para o Sporting, desde logo porque permite a implementação do projecto destes órgãos sociais, coisa que sem acordo, tornava-se impossível.

PS1: A malta que está no governo (e já agora na oposição) devia pôr os olhos nisto e perceber, de uma vez por todas, que por serem credores, os credores, não têm que impôr o que quer que seja a um estado soberano.

PS2: O reboques a esta hora já enfiou a viola no saco, pediu para cagar e mandou-se. É o que dá ser atrasado mental e falar sem conhecimento de causa, que é o que, esse senhor, faz amiúde.

sexta-feira, 22 de março de 2013

A escolha é vossa!

Ao contrário de 2011, em que me envolvi bastante na altura da campanha à presidência do Sporting, este ano, por imperativos pessoais, não me envolvi de todo. Acompanhei algumas entrevistas, procurei estar o mais informado possível, mas à distância.

No espírito que acima descrevi, estive ontem a ver o debate dos candidatos à presidência do Sporting e, para além de servir muito pouco o suposto esclarecimento que sustentam o pressuposto do próprio debate, constatei que, para quem tinha uma certa saudade da figura de Zeferino Boal, candidato há 2 anos, se revê claramente noutro Z(S)everino.
O que me ficou deste último debate, tal como do anterior, foi o delírio de Carlos Severino. Frases feitas, quase todas com muito pouco ou nenhum conteúdo e declarações a roçar a demência com laivos de demagogiazinha.
No fundo, o Sporting, por estes dias está cheio de Z(S)eferinos, sejam eles com C ou com Z.

O Boal criou um estilo e nota-se que tem seguidores. Esse estilo muito próprio tem uma característica que faz dele único. É simplesmente parvo. Serve para nada em concreto, mas dispõe bem quem ouve, porque não se consegue (eu, pelo menos, não consigo) ouvir ambos sem esboçar um sorriso, sendo que há algumas ideias expressas que forçam mesmo uma estridente gargalhada.

Quanto aos outros dois candidatos, nos dois debates, centraram-se mais em quezílias, questões pessoais e laterais, do que em esclarecer o que quer que fosse com alguma propriedade. Os esclarecimentos, ou tentativas de esclarecimento, foram sempre muito vagos e, em alguns casos, confusos.
Penso inclusive que não houve tema algum em que não tivesse havido uma comparação e um esgrimir forçado de argumentos, ao melhor estilo de adolescentes a comparar as pilas (a minha é maior que a tua), entre Couceiro e Carvalho. O que me entristece profundamente.

Tive para mim que esta campanha devia ter sido mais positiva, até pelo passado recente. Não foi tão reles e  baixa quanto a de 2011, mas não foi elevada como esperava.
A malta esquece-se que há um clube, com diversas sensibilidades, para gerir a partir de dia 24 (ou 26 dependendo dos votos dos correspondentes) e que engloba todos os sportinguistas.
Na minha humilde opinião, a campanha, mais uma vez, em vez de agregar os sócios, mesmo que separados por ideias, separa os sócios por pessoas, por passados e por, em alguns casos, algumas tentativas de "autos de fé".

Se, como se diz, quem vota em Couceiro, vota contra Bruno de Carvalho, também é verdade que quem vota Bruno de Carvalho, vota contra Couceiro que, supostamente, representa uma certa continuidade. Não digo todos os que votam num e noutro o farão, mas há com toda a certeza, de parte a parte, um franja significativa de votos negativos. E isso é nefasto para o futuro do Sporting.

Nem vou explorar de quem é ou não a razão, se é que isso existe num confronto, visto que ninguém teima ou discute sozinho, mas parece-me que o sistemático alimentar de polémicas e quezílias por ambos, para além de fazerem perder tempo aos sócios, que estão sedentos que estes anos de turbulência passem, fazem perder tempo aos próprios naquilo que realmente é importante: Explanar ideias e construir um futuro sustentado com todos.

Amanhã (ou dois ou três dias depois) ficar-se-á a saber quem é o 42º Presidente do Sporting e faço votos para que, seja quem ele for, consiga unir a nação verde e branca de uma vez por todas. Temo que as cisões e as feridas auto-infligidas ao longo dos últimos anos e que tanto têm contribuído para o afastamento de milhares de sócios, sejam um fosso difícil de ultrapassar, pelo que acredito que, numa primeira fase, haverá alguns focos de contestação e que a união da nação sportinguista tenha que ser paulatinamente sustentada à custa do sucesso imediato, ainda que este seja relativo. Seja na implementação das políticas, seja no rigor, know how e exigência que ambos apregoam.

O que os sócios querem, a partir de dia 24, é que o próximo presidente do Sporting, bem como a sua estrutura, mais do que palavras vagas em entrevistas e debates, inicie a recuperação do Sporting Clube de Portugal. Até porque, já se sabe, depois de quase 20 anos a dar tiros nos pés, o chamado "período de visita", em Alvalade, não é curto, é quase inexistente.

Como sócio, faço votos de muito sucesso a quem ocupar o cargo, porque o sucesso do Presidente é, naturalmente, o sucesso do Sporting.

Votem em consciência e todos juntos, acredito, vamos pôr o Sporting no lugar que é dele por direito.

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Alta traição

Nos dois últimos jogos (Guimarães e Rio Ave) o Sporting foi atraiçoado. Se no primeiro, jogou o suficiente para vencer, mas empatou, hoje (ontem), jogou muito menos e acabou por perder a 3ª vez com este adversário nesta época desportiva. Em ambos os casos pode sentir-se traído pela sorte e por alguma inépcia. 3 golos sofridos de auto-golo atraiçoam a própria estatística e lógica.

Mas o Sporting pode sentir-se traído ainda mais por ter um presidente destes, que trai os valores do clube, que trai os valores da democracia, que trai a liderança, que trai a competência, que trai a própria lógica e que, acaba também por trair-se a ele próprio, de tão inepto que é e desesperado em manter o poder a qualquer custo.

Sobre esta última traição, os últimos dias foram particularmente profícuos em afirmações completamente desconexas com a realidade.

Enquanto Godinho acusa a Mesa da Assembleia Geral de traição, acusação completamente ridícula, pois a MAG apenas deu providência a um requerimento consagrado nos estatutos, esquece-se que desde que foi empossado, já traiu o clube diversas vezes, financeira e desportivamente. A própria forma como foi "eleito" é uma verdadeira traição à história democrática que o Sporting Clube de Portugal sempre teve.

Há mesmo relatos que indiciam tiques de totalitarismo primário só entendível numa lógica de desespero, como o da ameaça rasteira aos funcionários do clube de retirar-lhes o ordenado caso não apoiem a direcção, como as várias agressões perpetradas por elementos ligados à segurança pessoal de Godinho Lopes a sócios/adeptos contestatários, ou mesmo como o episódio da sessão de esclarecimento da MAG.

Por isso e por muito mais, deixo abaixo uma pequena compilação de algumas das inacreditáveis afirmações de Godinho Lopes nos últimos dias a que se podem juntar todos os episódios que marcam indelevelmente este mandato. Cada um pode concluir disso o que entender.

«Houve uma clara tentativa de chantagem do doutor Daniel Sampaio ao doutor Eduardo Barroso, tendo-lhe dito que caso não houvesse AG ele se demitia».
Claro que sim, "xôr" engenheiro. Vá ler os estatutos antes de dizer barbaridades.


"Infelizmente o mercado fechou de forma conturbada, apesar de termos alertado a mesa da AG que, durante este período, não deveriam ter lugar ocorrências que prejudicassem a gestão corrente. E nós estávamos a fechar com dois jogadores quando, ao mesmo tempo, o doutor Daniel Sampaio falava à comunicação social sobre a marcação de uma assembleia geral. Isto é uma situação grave."
Isto não é uma situação grave. É uma situação gravíssima, mas apenas na cabeça do "xôr" engenheiro. Mais uma vez, recomendo vivamente aquele compêndio chamado "Estatutos do Sporting Clube de Portugal". Vai ver que vai gostar.

"Estávamos a negociar, com o Dínamo Kiev, o Milevski e o Marco Ruben, por troca com o Wolfswinkel. Era um pagamento generoso que envolvia mais do dobro do investimento. Os dois jogadores viriam por empréstimo, sem o Sporting pagar nada, mas as negociações. abortaram porque, devido a toda esta turbulência, o Dínamo recuou, pois entendeu que o Sporting podia estar numa situação financeira difícil"
É inédtito. O clube comprador preocupado com os problemas internos do clube vendedor. Será caso para falar em solidariedade?

"As negociações por Kleber foram feitas com o FC Porto e ontem os serviços de secretaria tinham marcado a viagem do jogador para Lisboa, às 20H45. O Kléber já estava a caminho do aeroporto, quando recebi um telefonema de representante do BMG, que detém 20 por cento por passe, a exigir um aval meu à contratação."
Nem foi o Porto a pedir contrapartidas de última hora nem nada, como a que se veio a confirmar hoje (extinção da cláusula referente aos 25% de mais-valias numa futura venda de João Moutinho). Foi o BMG, que apenas detém 20% do passe.

«No que se refere ao Insua, decidimos que por se tratar de um bom jogador que poderíamos usar da sua mais-valia para um encaixe financeiro. Posso dizer em primeira mão que havia uma proposta e que fomos pressionados por várias pessoas: era do Benfica, mas eu não quis. O presidente do Benfica pediu para se reunir comigo para que lhe vendesse o Insua e que nos daria em troca o Nolito e o Kardec. Foi oferecido isto»
Grande presidente. Vejam só que impediu o Ìnsua de ir para o Benfica quando foi pressionado por... pessoas, mas esqueceu-se que o lateral, para além de valer bem mais do que os 3,5 milhões, desportivamente fazia falta.


«O Sporting é um clube muito maior do que este momento específico que se está a viver. Só se consegue dar a volta a este momento através de união. O presidente do Benfica esteve lá nos primeiros três anos no sexto lugar do Campeonato. No entanto, doze anos depois deu a volta às coisas. Nos clubes há um período de aprendizagem e eu estou há menos de dois anos no Sporting»
Desculpem-me a linguagem, mas foda-se, se em 2 anos, o Sporting está com um pé inteiro do lado da extinção, desportiva e financeiramente esvaziado, daqui a doze, com Godinho, o Sporting passa a ser uma empresa de eventos e lazer do BES e do BCP.
Se queres aprender, vai tirar um curso nas novas oportunidades e dá lugar a quem saiba e possa fazer melhor.


«Estou habituado a dar a cara e tenho de perceber o que é o melhor para o Sporting. Não estou agarrado ao poder, razão pela qual fiz um comunicado a dizer que vou a eleições»
Ó Godinho, se mentira desse dinheiro, já estavas multi-milionário. Então, se bem me lembro, disseste antes da possibilidade de haver AGE: 
- Que nunca te demitirias.
- Que não estavas disponível para eleições.
Disseste quando começou a haver a possibilidade de uma AGE:

- Que te demitias no dia em que a AGE fosse marcada.
- Que a AGE era ilegal e que irias meter uma providência cautelar.
Dissestes depois da AGE ser marcada:

- Que estavas disponível para eleições, mas apenas no final da época.
Consegues perceber porque é difícil acreditar naquilo que dizes?
Já agora se estás habituado a dar a cara, porque não tentar algo mais complexo mas igualmente importante, como dar o lugar?


«Não gostaria de dizer isto, mas haver AG agora é desastroso para o Sporting: quando há salários por pagar, passes nas mãos dos jogadores, fornecedores a bater à porta, clubes e agentes a discutir... seria o caos»
Eu também estou com medo e percebo-te, mas convém que percebas que o Sporting antes de ti, já teve 40 presidentes e a partir de certa altura na vida do clube esses problemas sempre se puseram.
Podes ir embora descansado que quem vier, há-de fazer o seu trabalho, pelo menos, tão bem como tu.


As minhas conclusões sobre esta matéria, digo-o sem rodeios, estão tiradas há praticamente 2 anos. Sempre tive o pressentimento, pela forma como forçou a entrada,  por quem se rodeou e pelo não projecto que representa, que Godinho Lopes nunca seria parte da solução e que pela força da lógica, acabaria por fazer parte do problema, como hoje se constata.
 

O Sporting Clube de Portugal, a continuar nesta senda de eleger (este, para mim, nunca foi eleito, foi cooptado por uma afinação) pessoas fiés ao interesse bancário que, por isso mesmo, detêm pouca ou nenhuma independência institucional e parca liderança, adjuvada ao pouco know-how do core business de um clube desportivo, muito dificilmente sairá alguma vez do definhar constante.
Viverá sempre em sobressalto, em convulsão e em autêntica alta traição. Consigo, com os seus valores centenários, com os sócios e com o futuro.

Apontemos pois a dia 9 de Fevereiro de 2013, como uma possibilidade de renascimento daquilo que o Sporting realmente é e representa.

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Porque se impõe (e exige) uma mudança?

Os últimos dias da vida do Sporting Clube Portugal ficarão indelevelmente marcados na memória dos sportinguistas. E não deixa de ser curioso que, quando se fala numa destituição desta direcção em sede de assembleia geral extraordinária, marcada para dia 9 de Fevereiro, o que quererá muito provavelmente dizer que serão os seus  últimos dias (esperamos todos que sim), haja uma recordação óbvia dos seus primeiros dias, com o culminar do mais vergonhoso acto eleitoral de que há memória em Portugal e, muito provavelmente, no mundo, só comparável a tempos em que se vivia em ditadura.
Quero eu com isto dizer que há um paralelismo claro nestas duas situações que marcam a entrada e a muito provável saída desta inenarrável direcção. Em ambas há um forçar claro da situação, atropelando quem se lhe vem ao caminho e usando todos os meios legítimos e ilegítimos para tentar desesperadamente legitimar uma farsa que se arrasta há praticamente dois anos.
Mas centremo-nos nos últimos dias, que não deixam de ser um espelho, em modo fast forward, daquilo que tem sido a (des) governação de Godinho Lopes.
O que aconteceu em pouco mais de 48 horas é o espelho de um Sporting que não conheço, que não me inspira confiança e que não tem futuro. É o espelho de gente rasteira, mesquinha, que mete os seus (ou de terceiros) interesses à frente dos da instituição e completamente incompetente. Seja na forma ou no conteúdo.

Depois da inenarrável ameaça do presidente em dizer que se demitia se fosse marcada a AGE, segue o não menos incompreesível chorrilho de parvoíces a que este presidente já nos habituou.
Disse que se demitia, mas quando foi marcada a AGE para 9 de Fevereiro, recuou e interpôs em tribunal uma providência cautelar, em conluio com alguns notáveis, a essa mesma AGE, alegando não haver justa causa e que a marcação da AGE está ferida de ilegalidade.
Pois bem, quanto a isso, já hoje, o tribunal vem indeferir o pedido para a providência cautelar, o que desde logo é uma boa notícia.
Entretanto será interposta um segunda que conhecerá decisão a breve trecho.
Tudo manobras para impedir que os sócios, bem mais precioso de qualquer agremiação desportiva, se exprimam em sede própria.
Já ontem, depois de marcada a referida reunião magna, a mesa da AG disponibilizou-se para qualquer esclarecimento relativo a essa matéria, em sessão marcada especificamente para esse efeito, no auditório Artur Agostinho. O que se passou a seguir é incompreensível, inenarrável e inconcebível, tanto num clube que se quer democrático, como num estado de direito.
Houve supostos sócios que interromperam ostensivamente a sessão, gritando impropérios e atirando ovos (???) aos responsáveis da direcção da mesa da AG.
A questão da premeditação nem se põe, pois eu não acredito que haja muita gente que saia de casa com ovos nos bolsos sem ter uma ideia específica do que fazer com eles.
Parece-me no entanto, ligando aquilo que é a posição da direcção antes e depois da marcação da AGE, que fica claro, para quem tenha dedos de testa, que é mais uma manobra patrocinada e mesmo encorajada (para não ir mais além em palavras) pela actual direcção.

Este incidente que é uma perfeita anormalidade, revela duas coisas:
1. Que a direcção, através dos seus braços armados tudo farão para continuarem o status quo de corrupção que grassa há décadas no Sporting a mando dos interesses da banca
2. Que os esqueletos que ainda povoam os armários de Alvalade podem comprometer muita gente, individual e colectiva, porque se assim não fosse, não creio que Godinho tivesse aguentado até hoje como presidente, principalmente face à enorme contestação de que é alvo por parte de todos os sectores, sem excepção, do clube.

Obviamente que o clube emitiu um comunicado onde refere repúdio por tais actos e apela à serenidade. Não fez mais do que a sua obrigação, porque defender actos destes é defender a banditagem e a corrupção. Isso, no Sporting, já foi chão que deu uvas, mas vai ter de acabar.
Não contente com este chorrilho de estupidez, patrocinado por ele e respectiva direcção, Godinho vem hoje dizer, em conferência de imprensa, que os falhanços dos últimos dias, nas contratações, bem como na entrada de dinheiro através de um putativo investidor que ninguém sabe quem é, se devem à instabilidade criada pela MAG.
Vai mais longe quando tenta explicar o inexplicável, sempre com o único intuito de culpabilizar a MAG que apenas fez o seu trabalho consagrado nos estatutos e que ele, claramente, desconhece.

A saber:
Sobre a putativa venda de Wolfswinkel, Godinho diz que o Dínamo de Kiev iria pagar uma quantia generosa e ainda emprestar dois jogadores, mas que devido à turbulência (sessão de esclarecimento da MAG), o Dínamo ficou com dúvidas e recuou porque pensou que o Sporting podia estar numa situação financeira difícil.
Analisando esta afirmação, só pode ter sido proferida por um atrasado mental.
Pergunto: Então não é o Dínamo que quer comprar o Wolf? Fazendo fé nessa intenção, não seria o Dínamo a pagar e ainda emprestar dois jogadores a custo zero?
Se realmente o Dínamo estivesse interessado, estar-se-ia bem a cagar para os problemas financeiros do Sporting ou se há ou não turbulência. Melhor para eles que até conseguiriam, com jeitinho, baixar o preço do jogador.
Mas este cabrão é louco?

Sobre a questão do Niculae a coisa ainda toma contornos mais inacreditáveis.
Diz ele que, por haver dúvidas em relação àquilo que pode ser considerado - ou não - início oficial de cada época, poderia criar-se um processo longo e complexo. Como não sabe se será ele a ficar com o processo em mãos e resolvê-lo à posteriori, preferiu abortar o negócio.
Para já, se o problema é complexo ou não, se será ele a tratar ou não, não lhe diz respeito, porque ele não trabalha para ele próprio. Supostamente serve (ou deveria servir) os interesses do Sporting desde o dia em que entrou até ao dia em que sair.
Parece-me no entanto que o abortar do negócio com inúmeros riscos até foi um decisão sensata e lógica, mas assumir que ele ou quem o assessoria foi incompetente a tentar contratar à última da hora um jogador que já tinha representado 2 clubes na presente época, quando a FIFA diz que não pode representar 3, está quieto. A culpa é da MAG, que ofuscou os monitores onde estes néscios que tomaram o poder à força, acedem à web...

Para finalizar há questão do Kléber, que é tão ou mais rocambolesca do que as anteriores.
Diz Godinho que o atleta já estava a caminho do aeroporto, quando recebeu uma chamada do BMG (Banco de Minas Gerais), detentor de 20% do passe do brasileiro, a pedir o aval pessoal à contratação e por isso abortou o negócio.
Em primeiro lugar, sobre esta matéria e a ser verdade, para quê comprar o Kléber? Porque não negociar a vinda por empréstimo até ao final de época e depois decidir o que fazer? É estranho que nesta altura, ainda por cima no último dia de mercado, quando clubes com poder financeiro tentam empréstimos, o Sporting, que não tem "cheta", tente a aquisição definitiva.
Ainda por cima de um jogador que -valha a verdade -, pouco ou nada mostrou.
Depois a história do aval pessoal de uma entidade que apenas detém 20% é -desculpem-me -uma anormalidade em toda a linha. Acho que nem uma criança em idade pré-escolar engolia esta desculpa de tão má que é.
E depois anda há a questão da comunicação social. Nestas coisas os jornais costumam estar bem informados e desde o princípio que se começou a falar em Kléber, em todos os meios de Comunicação Social, era dado o negócio como empréstimo e apenas se falou em empréstimo do Porto.
Nesse particular, parece-me ser óbvio que foi o Porto a criar problemas de última hora para gozar o prato ainda mais e Godinho não quer admitir que deu 20 tiros nos pés, tanto ao fazer esta "aliança" de gente parva (Sporting) com ratos velhos (Porto), como nas trocas que já efectuou com o rival.

Já nem vou falar da questão do Ínsua e a tentativa mentecapta de explicar, tentando capitalizar simpatias na base da rivalidade, a transferência do lateral. Para Godinho o importante não é ter vendido um dos melhores laterais a jogar na Europa a preço de saldo, delapidando a equipa. Não. O importante para este inepto, é ter conseguido desviar o negócio do rival da segunda circular.
Simplesmente não colhe e até se dá à morte só de falar nisso, fazendo o Benfica entrar na discussão, acusando-o de mentiroso, porque já toda a gente tinha esquecido o assunto, com tantos novos episódios de comédia.

Mas voltando à culpa que a MAG pode ter no cartório, este senhor só pode estar a gozar. O que é que uma sessão de esclarecimento com vista a AGE de 9 de Fevereiro têm a ver com a parte das contratações. Que eu saiba os jogadores vêm para jogar no Sporting e não para concorrer a um cargo nos órgãos sociais. Os próprios clubes que os vendem ou emprestam estão a borrifar-se para o Sporting e os seus problemas internos.
O que Godinho não disse é que o Sporting, em relação ao ponta-de-lança, se lançou tarde na busca. Nem disse porquê.
O que Godinho não disse é que nos 4 nomes que foram falados, nenhum teve o trabalho de casa feito. É o jeito que dá ter a pasta do futebol nas mãos de Godinho Lopes e Paulo Farinha Alves. Os dois, a esse nível, para além de não fazerem um, são predestinados na incompetência.

Importa perguntar em relação a estes últimos dias de mercado:
Se o Sporting tem direito de opção (traduza-se isso no que se traduzir) pelo Ghilas, do Moreirense, porque não o accionou?
Se o Sporting queria contratar o Paulo Henrique, do Trabzonspor, porque é que não apresentou uma proposta concreta à empresa que detém os direitos do jogador?
Se o Sporting queria ver o Niculae voltar ao Sporting, porque é que, antes mesmo de fazer o jogador viajar, não pesquisou e não se informou das possíveis complicações, evitando todo este circo do anuncia/"desanuncia reforço?
Se o Sporting, em desespero de causa, queria o Kléber, porque é que não forçou o benefício da aliança que Godinho fez questão de promover com o Porto?
E mais importante. Porque é que o Sporting, na figura da sua direcção, a precisar de um ponta-de-lança há, pelo menos, dois anos, deixou o mercado chegar aos últimos dias para tentar a contratação ou o empréstimo de um?
Esta é que é a questão fundamental. Mais do que nomes é necessário perceber porque é que o Sporting esperou 29 dias para resolver a questão do ponta-de-lança, se  é que realmente tinha a intenção de a resolver.

Para quem segue o futebol com alguma cadência, percebe que com os inúmeros emprestados que o Sporting tem, o clube precisa de fazer zero investimento. Principalmente numa altura em que os objectivos são curtos e o plantel quer-se igualmente curto.
Dois jogadores que ainda há pouco tempo podiam ter sido opções baratas (eram atletas do clube) para um segunda linha e foram despachados. O Wilson Eduardo foi emprestado mais uma vez e faz golos em todos os clubes por onde passa (5 no Beira Mar, 7 no Olhnense e 3 na Académica) e o Amido Baldé foi vendido (?) ao Guimarães. Na semana passada, eu como muitos sportinguistas, perceberam que um jogador como o Baldé, pode não ser um portento, mas faz falta a qualquer equipa. Serve para o Guimarães empatar em Alvalade mas não serve para o Sporting, de onde aliás já era.

Não contente com todo este furação de parvoíces, Godinho diz hoje ainda, que a AGE é má para o Sporting.
Mais uma vez ou o homem está senil ou então é mesmo parvo. Pela parte que me toca já investi tempo e dinheiro na segunda tese.
Mas em que galáxia é que a palavra dos sócios é má?  Eu percebo que para gente como Godinho Lopes, que palmilhou a vida pela sombra, a democracia, seja uma maçada, mas se há uma coisa que ele se esquece, é que se não houvesse democracia, não havia sócios e muito provavelmente, o clube não existia da maneira como o conhecemos. Mas aí também ele não seria presidente, pois os Ricciardis e outros que tais, não deixariam que um inepto destes gerisse os destinos deles.
O que é realmente mau para o Sporting é o clube, através dos seus sócios, ter aguentado esta inépcia pessoal que Godinho nunca disfarçou, durante dois anos. Isso é que é tremendamente trágico.
Não houve uma medida, uma ideia, uma parte de um projecto maior que este presidente tivesse, por algum momento de lucidez, conseguido passar durante este tempo todo, que realmente deixasse perceber o rumo.
5 treinadores, 25 jogadores, 1 empréstimo obrigacionista para pagar um já existente, mais 200 milhões de passivo a juntar ao que já existia, o pior arranque de sempre na liga, a pior época de sempre em perspectiva, falta de carácter, falta de carisma, falta de liderança e falta de competência do próprio e de quem escolheu, fazem de Godinho Lopes o pior presidente de sempre com toda a naturalidade.

Se dúvidas houvesse sobre o que é preciso mudar, para os mais incautos, os dois anos mais negros da história centenária do Sporting Clube de Portugal, podem dar uma pista.

Como dizia o Octávio Machado n'A Bola TV: " Já mudou de treinador, de jogadores, de dirigentes, de médicos, de massagistas e de roupeiros. Se calhar o que falta mudar é o lugar que ele pensa que está bem."

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

É só competência!

Hoje chega-nos a notícia de que a última contratação do Sporting, no último dia de transferências,  pode estar envolta em ilegalidade.
No fundo e infelizmente, nada que surpreenda um comum adepto ou sócio do Sporting. Chegámos à situação de que o que devia ser normal, na gestão financeira ou desportiva do nosso clube é que é motivo de surpresa. Adiante.

O Sporting precisava, neste mês de Janeiro, de resolver e diminuir a sua folha salarial. Com os objectivos da época reduzidos a uma luta sem sabor pela Europa, é natural que se tenha pensado em adaptar o plantel às necessidades. Até aí, concordo na plenitude.
Deixo de concordar tanto quando se olha com sofreguidão apenas para a folha salarial e não tanto para a parte desportiva. Nessa medida a saída de Ínsua, por muito que tenha sido excelente em termos de redução de folha salarial, financeira e desportivamente foi um mau (para não dizer péssimo) negócio.

O Sporting "despachou" Elias, Pranjic, Gelson, Izmailov, Pereirinha, e mais uns quantos, foi buscar uns miúdos à equipa B e vieram Miguel Lopes (no negócio de Izmailov) e Joãozinho (emprestado do Beira-Mar), mas só nos últimos dias é que o Sporting começou a dar mostras de querer - de facto - contratar um ponta-de-lança que necessita desde há, pelo menos, ano e meio. Ponta-de-lança esse que seja alternativa clara ao holandês que joga sempre.
Primeiro falou-se em Ghilas, do Moreirense, do qual o Sporting tem direito de opção (?), depois foi Paulo Henrique que, segundo a Traffic, detentora dos direitos desportivos do jogador, não conseguiu chegar a acordo porque o Sporting demorou a apresentar uma proposta concreta e, agora, com o retorno do antigo avançado do clube, Marius Niculae, a transferência pode ficar sem efeito prático porque o romeno representará o seu 3º clube na presente época.

É impressionante que pessoas supostamente qualificadas e com a informação que paira pela internet, não tenham feito o trabalho de casa. Básico. No site zerozero.pt, por exemplo, acedendo à ficha do jogador, percebe-se que esta época Marius Niculae já estava "nomeado" em dois clubes: Dínamo de Bucareste e Vaslui, embora não seja líquido claramente que tenha jogado pelos dois. Era, por isso, imperioso, que antes de avançar para a contratação, questionassem as entidades competentes sobre o caso, na perspectiva de pôr um terceiro clube (Sporting) na ficha do jogador na mesma época. Percebe-se que não o fizeram.

Mais, soube há pouco, que o Sporting emitiu um comunicado a dizer que "dará início ao processo de inscrição sem prejuízo da transferência efectiva estar dependente de um parecer final.". O que quer dizer, a grosso modo, que o Sporting inscreve o jogador, mesmo que não possa futuramente usufruir desportivamente do mesmo. Que competência!

Quero dizer, independentemente do que penso da competência de quem gere o meu clube, que considero estes regulamentos aberrantes e apenas por uma situação. Os regulamentos dizem que um jogador não pode jogar por 3 clubes diferentes na mesma época que se estende de 1 de Julho do ano A a 30 de Junho do ano B. Até aí tudo certo, não fosse haver uma janela de mercado que só fecha a 31 de Agosto, quando todas as competições já começaram.

Ficamos a aguardar pelos novos capítulos da saga "Godinho, a enterrar o Sporting desde Março de 2011".

PS: Só uma nota para a AGE. Uma AG marcada para bancada poente do Estádio José Alvalade, além de ser inédita, só pode ser apelidada de parva. Os atestados de parvoíce deste PMAG e da própria MAG têm sido muitos, mas este só pode ser considerado a cereja no topo do bolo.
Pergunto: Para que é que servem os 60 mil euros exigidos no pedido? Devem ser para o serviço de catering...

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Ins(u)anidade total

Esta direcção do Sporting habituou-nos sempre ao pior e quando acho que não conseguimos descer mais, pois já batemos no fundo, Godinho apresta-se imediatamente a pôr a pá na terra para cavar um buraco maior.
Nem vou fazer entrar no tema Ínsua pelo lado da génese financeira que esteve por detrás da sua saída para Espanha - Não só o Atlético de Madrid deve pagar melhor, como deve ser um maior desafio, neste momento -, vou apenas focar-me na parte desportiva e dos valores da venda.

Numa altura global em que, mesmo as grandes equipas europeias, se vêem gregas para arranjar laterais esquerdos de qualidade, porque há cada vez  maior escassez a esse nível (sempre houve), o Sporting, que mostra quase diariamente que é bem gerido, deixa "fugir" um lateral esquerdo de qualidade muito acima da média. E deixa-o ir por, tanto quanto se sabe, uns míseros 3,5 milhões de euros, sabendo nós que essa quantia terá ainda de ser dividida com os demais detentores de percentagens do passe do argentino.

Ora, se o Sporting não ganha dinheiro (justo pela valia do atleta) com uma das mais-valias do plantel e se perde, no curto e longo prazo, a possibilidade de, desportivamente, poder contar com um dos melhores laterais a jogar na Europa, não consigo perceber o negócio.

Mesmo partindo do pressuposto de que os 3,5 milhões de euros viriam directamente e na totalidade para os cofres de Alvalade, se dermos uma volta à Europa, em transferências, percebemos que o valor é um absurdo, como foi o do Carriço e outros.

Só a título de exemplo, 3,5 milhões de euros foi quanto pagou o Southampton para adquirir o defesa esquerdino do Molde, Vegard Forren que só este ano foi internacional por esse colosso, chamado Noruega.

Estamos no caminho certo para a extinção. Este cabrão que está à frente do clube, em dois anos, fez retroceder o Sporting, quase 100... em número de sócios, em património imobiliário e desportivo, etc.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Está tudo grosso!

Sai mais uma Super Bock para a mesa do canto!
Diz hoje Pires de Lima (Unicer) no Record que "é uma irresponsabilidade lançar o Sporting numa crise de liderança".

Lançar? O Sporting vive uma crise de liderança há anos, agudizada por este batatoon que tomou o poder por afinação.
Eu não sei se as alternativas são melhores, se farão melhor ou se, no limite, serão, de facto, alternativas, mas de uma coisa eu tenho a certeza: Com este batatoon como presidente, como todos temos assistido nos últimos dois anos, é que não pode continuar.

E porquê? É simples, começando pelo princípio:
- Criou uma lista ao melhor estilo de um albergue espanhol apenas com o intuito de vencer eleições, sem projecto e sem ideias claras;
- Mesmo assim teve de beneficiar de afinação para vencer eleições, fazendo a tomada de posse, pela primeira vez na história do clube, barricado no auditório com 2 ou 3 sócios.
- Prometeu muito e cumpriu nada;
- Já mostrou em dois anos que tem uma total inépcia para a função que desempenha;
- Paulatinamente e com a negligência dos sócios, deu um autêntico golpe palaciano, dispensando (ou fazendo dispensar) todos os rostos que juntou para lhe garantirem a vitória, o que quer dizer que hoje o Sporting é gerido por pessoas em que ninguém votou;
- O aumento pornográfico do passivo sem retorno absolutamente nenhum;
- O aumento do fosso para os nossos principais rivais, mesmo com um investimento brutal;
- 5 treinadores e 25 jogadores em 2 anos;
- Claras deficiência de gestão de um clube, como aferem os exemplos da maior parte das vendas, a preço de saldo e de, a determinada altura, o Sporting estar a pagar ordenados a 3 treinadores (2 ex e 1 em funções);
- Empréstimos obrigacionistas para pagar empréstimos e 456 "Projects Finances", reestruturações financeiras e afins sem resultados absolutamente nenhuns.
- Caso PPC que mancha o bom nome do Sporting e que, segundo se diz, teve o conluio do próprio pináculo directivo do clube
E muito mais há a adicionar a esta lista.

O Sporting nunca pode mergulhar numa crise de liderança, não tendo, liderança alguma, parece-me óbvio.
Há também a teoria vigente dos ilustres que se baseia no "ou eu ou o caos", mas para mim o "eu" e o "caos" são uma e a mesma coisa, pelo menos, no que a este clube com esta direcção, diz respeito. Arrisco-me mesmo a dizer que dificilmente alguém conseguiria fazer pior (digo dificilmente, porque o Bettencourt já tinha sido péssimo e já tínhamos batido no fundo, mas o Godinho trouxe a pás para cavar ainda mais)

Mais, a direcção do clube veio, em comunicado, dizer que a convocação da AGE, supostamente seria ilegal perante os estatutos.
Sobre isto duas coisas: Em primeiro lugar e para nos entendermos quanto à legalidade das situações, ilegal é a tomada de poder deste batatoon. Nunca foi realmente apurado o que se passou na noite de 26 de Março de 2011 e talvez por isso mesmo, com a adjuvante de ter um presidente que é, tão só, um dos maiores ineptos da história do clube, o clube se tenha fracturado em dois. No fundo a guerra que hoje se fala na imprensa, não é de hoje e aí, a haver um culpado, pois nunca quis clarificar a situação, é Godinho Lopes.
Em segundo, os estatutos apelam, numa destituição da direcção, à justa causa.
Quanto a isso, meus amigos, basta reler o que escrevi acima, a juntar a outras histórias desta presidência que até eu já me esqueci e dava quase uma tese de doutoramento sobre justa causa.

Aliás, a inépcia deste homem é tanta e em tantos sectores que em qualquer empresa que se prese, já tinha levado um guia de marcha há pelo menos ano e meio. E com justa causa!

No fundo e para finalizar, eu percebo que esta comunicação da direcção seja o estrebuchar do condenado. GL sabe (pelo menos nesse particular não é tão parvo com parece) que se a AGE avançar como é previsível, a possibilidade de calçar os patins é muito grande e sem direito a contraditório. Ele sabe que sairá sempre, depois de longos meses a forçar a estadia sem sustentação, pela porta do cavalo,  que foi, aliás, como entrou.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Obviamente, extinguia-o

Há anos que não percebo qual é a importância e a relevância do Conselho Leonino. Sinceramente!
Não consigo perceber o que fazem  - e qual a sua real contribuição - não sei quantos conselheiros que se reúnem para, supostamente, discutir o Sporting.
Sendo apenas um órgão consultivo e não executivo, não percebo e nunca percebi a razão da sua existência, a não ser à luz da manutenção de um status quo, das mesmas esferas de influência e um pouco - porque não dizê-lo - de "socialite".

O Sporting, no meu entender de sócio, deve ser discutido por todos os sócios, sejam eles vindos de famílias mais ou menos bafejadas pela sorte, tenham eles mais ou menos influência ou sejam eles mais ou menos letrados. A única divisa requerida para discutir a vida do clube, nas suas mais variadas vertentes, devia apenas ser o seu número de sócio e as respectivas quotas em conformidade.
Pergunto: O que é que José Corrêa de Sampaio, Miguel Afonso, Vasco Lourenço, José Eduardo Sampaio, Zeferino Boal, Helder de Oliveira, Nicolau Santos, António Feu, José Maria Cazal-Ribeiro, Luis Borges Rodrigues, Eduardo Marçal Grilo, João Trindade, Vera Jardim, Mário Máximo, Paulo de Abreu, João Duque, Rogério Beatriz, Nuno Manaia da Costa, entre muitos outros, tem a mais para discutir o Sporting do que qualquer outro sócio, para além de uma eleição para um órgão que tarda em desaparecer e que fractura a própria denominação de sócio em duas.

Há, como se percebe, os sócios "normais" e os sócios ilustres. Os sócios normais - a ralé -, paga as quotas e não bufa (cada vez menos) e os sócios, ilustres (???), pagam as mesmas quotas, com o mesmo valor, mas, no tal órgão consultivo que para nada serve, podem fazer os seus joguinhos florais de influências, jantares e reuniões das quais não há o mais pequeno indício de utilidade. Tudo - ao que parece - bancado pelo Sporting, como se o Sporting fosse um clube rico.

Olhando para o presente, de clara contenção em todos os aspectos, ainda mais se questiona a existência deste órgão. Há quase dois anos que o caminho tem sido desastroso, calamitoso e rumo ao abismo e as informações que os sócios "normais" têm das reuniões-fantasma do CL é que o apoio a este desgoverno tem sido uma constante. E as perguntas ficam no ar.
Se não existem resultados financeiros e desportivos, se não há um projecto sustentável, se não há um rumo claro, se não há sequer uma ideia vencedora ou potencial que sustente este edifício, apoiam o quê? O que é que há, realmente, para apoiar?
Muito rapidamente chegamos à conclusão que eles, no fundo, apoiam nada, porque até para apoiar é preciso tomar uma posição. O que os conselheiros têm feito há décadas é manter a ideia viva porque enquanto a ideia viver, por péssima que seja para o clube, as suas cadeiras não arrefecem.
A prova disso está aqui.

Por isso, fazendo minhas (e adaptando-as) as palavras do malogrado General Humberto Delgado, diria: "Obviamente, extinguia-o!"