quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

É só competência!

Hoje chega-nos a notícia de que a última contratação do Sporting, no último dia de transferências,  pode estar envolta em ilegalidade.
No fundo e infelizmente, nada que surpreenda um comum adepto ou sócio do Sporting. Chegámos à situação de que o que devia ser normal, na gestão financeira ou desportiva do nosso clube é que é motivo de surpresa. Adiante.

O Sporting precisava, neste mês de Janeiro, de resolver e diminuir a sua folha salarial. Com os objectivos da época reduzidos a uma luta sem sabor pela Europa, é natural que se tenha pensado em adaptar o plantel às necessidades. Até aí, concordo na plenitude.
Deixo de concordar tanto quando se olha com sofreguidão apenas para a folha salarial e não tanto para a parte desportiva. Nessa medida a saída de Ínsua, por muito que tenha sido excelente em termos de redução de folha salarial, financeira e desportivamente foi um mau (para não dizer péssimo) negócio.

O Sporting "despachou" Elias, Pranjic, Gelson, Izmailov, Pereirinha, e mais uns quantos, foi buscar uns miúdos à equipa B e vieram Miguel Lopes (no negócio de Izmailov) e Joãozinho (emprestado do Beira-Mar), mas só nos últimos dias é que o Sporting começou a dar mostras de querer - de facto - contratar um ponta-de-lança que necessita desde há, pelo menos, ano e meio. Ponta-de-lança esse que seja alternativa clara ao holandês que joga sempre.
Primeiro falou-se em Ghilas, do Moreirense, do qual o Sporting tem direito de opção (?), depois foi Paulo Henrique que, segundo a Traffic, detentora dos direitos desportivos do jogador, não conseguiu chegar a acordo porque o Sporting demorou a apresentar uma proposta concreta e, agora, com o retorno do antigo avançado do clube, Marius Niculae, a transferência pode ficar sem efeito prático porque o romeno representará o seu 3º clube na presente época.

É impressionante que pessoas supostamente qualificadas e com a informação que paira pela internet, não tenham feito o trabalho de casa. Básico. No site zerozero.pt, por exemplo, acedendo à ficha do jogador, percebe-se que esta época Marius Niculae já estava "nomeado" em dois clubes: Dínamo de Bucareste e Vaslui, embora não seja líquido claramente que tenha jogado pelos dois. Era, por isso, imperioso, que antes de avançar para a contratação, questionassem as entidades competentes sobre o caso, na perspectiva de pôr um terceiro clube (Sporting) na ficha do jogador na mesma época. Percebe-se que não o fizeram.

Mais, soube há pouco, que o Sporting emitiu um comunicado a dizer que "dará início ao processo de inscrição sem prejuízo da transferência efectiva estar dependente de um parecer final.". O que quer dizer, a grosso modo, que o Sporting inscreve o jogador, mesmo que não possa futuramente usufruir desportivamente do mesmo. Que competência!

Quero dizer, independentemente do que penso da competência de quem gere o meu clube, que considero estes regulamentos aberrantes e apenas por uma situação. Os regulamentos dizem que um jogador não pode jogar por 3 clubes diferentes na mesma época que se estende de 1 de Julho do ano A a 30 de Junho do ano B. Até aí tudo certo, não fosse haver uma janela de mercado que só fecha a 31 de Agosto, quando todas as competições já começaram.

Ficamos a aguardar pelos novos capítulos da saga "Godinho, a enterrar o Sporting desde Março de 2011".

PS: Só uma nota para a AGE. Uma AG marcada para bancada poente do Estádio José Alvalade, além de ser inédita, só pode ser apelidada de parva. Os atestados de parvoíce deste PMAG e da própria MAG têm sido muitos, mas este só pode ser considerado a cereja no topo do bolo.
Pergunto: Para que é que servem os 60 mil euros exigidos no pedido? Devem ser para o serviço de catering...

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Ins(u)anidade total

Esta direcção do Sporting habituou-nos sempre ao pior e quando acho que não conseguimos descer mais, pois já batemos no fundo, Godinho apresta-se imediatamente a pôr a pá na terra para cavar um buraco maior.
Nem vou fazer entrar no tema Ínsua pelo lado da génese financeira que esteve por detrás da sua saída para Espanha - Não só o Atlético de Madrid deve pagar melhor, como deve ser um maior desafio, neste momento -, vou apenas focar-me na parte desportiva e dos valores da venda.

Numa altura global em que, mesmo as grandes equipas europeias, se vêem gregas para arranjar laterais esquerdos de qualidade, porque há cada vez  maior escassez a esse nível (sempre houve), o Sporting, que mostra quase diariamente que é bem gerido, deixa "fugir" um lateral esquerdo de qualidade muito acima da média. E deixa-o ir por, tanto quanto se sabe, uns míseros 3,5 milhões de euros, sabendo nós que essa quantia terá ainda de ser dividida com os demais detentores de percentagens do passe do argentino.

Ora, se o Sporting não ganha dinheiro (justo pela valia do atleta) com uma das mais-valias do plantel e se perde, no curto e longo prazo, a possibilidade de, desportivamente, poder contar com um dos melhores laterais a jogar na Europa, não consigo perceber o negócio.

Mesmo partindo do pressuposto de que os 3,5 milhões de euros viriam directamente e na totalidade para os cofres de Alvalade, se dermos uma volta à Europa, em transferências, percebemos que o valor é um absurdo, como foi o do Carriço e outros.

Só a título de exemplo, 3,5 milhões de euros foi quanto pagou o Southampton para adquirir o defesa esquerdino do Molde, Vegard Forren que só este ano foi internacional por esse colosso, chamado Noruega.

Estamos no caminho certo para a extinção. Este cabrão que está à frente do clube, em dois anos, fez retroceder o Sporting, quase 100... em número de sócios, em património imobiliário e desportivo, etc.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Está tudo grosso!

Sai mais uma Super Bock para a mesa do canto!
Diz hoje Pires de Lima (Unicer) no Record que "é uma irresponsabilidade lançar o Sporting numa crise de liderança".

Lançar? O Sporting vive uma crise de liderança há anos, agudizada por este batatoon que tomou o poder por afinação.
Eu não sei se as alternativas são melhores, se farão melhor ou se, no limite, serão, de facto, alternativas, mas de uma coisa eu tenho a certeza: Com este batatoon como presidente, como todos temos assistido nos últimos dois anos, é que não pode continuar.

E porquê? É simples, começando pelo princípio:
- Criou uma lista ao melhor estilo de um albergue espanhol apenas com o intuito de vencer eleições, sem projecto e sem ideias claras;
- Mesmo assim teve de beneficiar de afinação para vencer eleições, fazendo a tomada de posse, pela primeira vez na história do clube, barricado no auditório com 2 ou 3 sócios.
- Prometeu muito e cumpriu nada;
- Já mostrou em dois anos que tem uma total inépcia para a função que desempenha;
- Paulatinamente e com a negligência dos sócios, deu um autêntico golpe palaciano, dispensando (ou fazendo dispensar) todos os rostos que juntou para lhe garantirem a vitória, o que quer dizer que hoje o Sporting é gerido por pessoas em que ninguém votou;
- O aumento pornográfico do passivo sem retorno absolutamente nenhum;
- O aumento do fosso para os nossos principais rivais, mesmo com um investimento brutal;
- 5 treinadores e 25 jogadores em 2 anos;
- Claras deficiência de gestão de um clube, como aferem os exemplos da maior parte das vendas, a preço de saldo e de, a determinada altura, o Sporting estar a pagar ordenados a 3 treinadores (2 ex e 1 em funções);
- Empréstimos obrigacionistas para pagar empréstimos e 456 "Projects Finances", reestruturações financeiras e afins sem resultados absolutamente nenhuns.
- Caso PPC que mancha o bom nome do Sporting e que, segundo se diz, teve o conluio do próprio pináculo directivo do clube
E muito mais há a adicionar a esta lista.

O Sporting nunca pode mergulhar numa crise de liderança, não tendo, liderança alguma, parece-me óbvio.
Há também a teoria vigente dos ilustres que se baseia no "ou eu ou o caos", mas para mim o "eu" e o "caos" são uma e a mesma coisa, pelo menos, no que a este clube com esta direcção, diz respeito. Arrisco-me mesmo a dizer que dificilmente alguém conseguiria fazer pior (digo dificilmente, porque o Bettencourt já tinha sido péssimo e já tínhamos batido no fundo, mas o Godinho trouxe a pás para cavar ainda mais)

Mais, a direcção do clube veio, em comunicado, dizer que a convocação da AGE, supostamente seria ilegal perante os estatutos.
Sobre isto duas coisas: Em primeiro lugar e para nos entendermos quanto à legalidade das situações, ilegal é a tomada de poder deste batatoon. Nunca foi realmente apurado o que se passou na noite de 26 de Março de 2011 e talvez por isso mesmo, com a adjuvante de ter um presidente que é, tão só, um dos maiores ineptos da história do clube, o clube se tenha fracturado em dois. No fundo a guerra que hoje se fala na imprensa, não é de hoje e aí, a haver um culpado, pois nunca quis clarificar a situação, é Godinho Lopes.
Em segundo, os estatutos apelam, numa destituição da direcção, à justa causa.
Quanto a isso, meus amigos, basta reler o que escrevi acima, a juntar a outras histórias desta presidência que até eu já me esqueci e dava quase uma tese de doutoramento sobre justa causa.

Aliás, a inépcia deste homem é tanta e em tantos sectores que em qualquer empresa que se prese, já tinha levado um guia de marcha há pelo menos ano e meio. E com justa causa!

No fundo e para finalizar, eu percebo que esta comunicação da direcção seja o estrebuchar do condenado. GL sabe (pelo menos nesse particular não é tão parvo com parece) que se a AGE avançar como é previsível, a possibilidade de calçar os patins é muito grande e sem direito a contraditório. Ele sabe que sairá sempre, depois de longos meses a forçar a estadia sem sustentação, pela porta do cavalo,  que foi, aliás, como entrou.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Obviamente, extinguia-o

Há anos que não percebo qual é a importância e a relevância do Conselho Leonino. Sinceramente!
Não consigo perceber o que fazem  - e qual a sua real contribuição - não sei quantos conselheiros que se reúnem para, supostamente, discutir o Sporting.
Sendo apenas um órgão consultivo e não executivo, não percebo e nunca percebi a razão da sua existência, a não ser à luz da manutenção de um status quo, das mesmas esferas de influência e um pouco - porque não dizê-lo - de "socialite".

O Sporting, no meu entender de sócio, deve ser discutido por todos os sócios, sejam eles vindos de famílias mais ou menos bafejadas pela sorte, tenham eles mais ou menos influência ou sejam eles mais ou menos letrados. A única divisa requerida para discutir a vida do clube, nas suas mais variadas vertentes, devia apenas ser o seu número de sócio e as respectivas quotas em conformidade.
Pergunto: O que é que José Corrêa de Sampaio, Miguel Afonso, Vasco Lourenço, José Eduardo Sampaio, Zeferino Boal, Helder de Oliveira, Nicolau Santos, António Feu, José Maria Cazal-Ribeiro, Luis Borges Rodrigues, Eduardo Marçal Grilo, João Trindade, Vera Jardim, Mário Máximo, Paulo de Abreu, João Duque, Rogério Beatriz, Nuno Manaia da Costa, entre muitos outros, tem a mais para discutir o Sporting do que qualquer outro sócio, para além de uma eleição para um órgão que tarda em desaparecer e que fractura a própria denominação de sócio em duas.

Há, como se percebe, os sócios "normais" e os sócios ilustres. Os sócios normais - a ralé -, paga as quotas e não bufa (cada vez menos) e os sócios, ilustres (???), pagam as mesmas quotas, com o mesmo valor, mas, no tal órgão consultivo que para nada serve, podem fazer os seus joguinhos florais de influências, jantares e reuniões das quais não há o mais pequeno indício de utilidade. Tudo - ao que parece - bancado pelo Sporting, como se o Sporting fosse um clube rico.

Olhando para o presente, de clara contenção em todos os aspectos, ainda mais se questiona a existência deste órgão. Há quase dois anos que o caminho tem sido desastroso, calamitoso e rumo ao abismo e as informações que os sócios "normais" têm das reuniões-fantasma do CL é que o apoio a este desgoverno tem sido uma constante. E as perguntas ficam no ar.
Se não existem resultados financeiros e desportivos, se não há um projecto sustentável, se não há um rumo claro, se não há sequer uma ideia vencedora ou potencial que sustente este edifício, apoiam o quê? O que é que há, realmente, para apoiar?
Muito rapidamente chegamos à conclusão que eles, no fundo, apoiam nada, porque até para apoiar é preciso tomar uma posição. O que os conselheiros têm feito há décadas é manter a ideia viva porque enquanto a ideia viver, por péssima que seja para o clube, as suas cadeiras não arrefecem.
A prova disso está aqui.

Por isso, fazendo minhas (e adaptando-as) as palavras do malogrado General Humberto Delgado, diria: "Obviamente, extinguia-o!"