quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Obviamente, extinguia-o

Há anos que não percebo qual é a importância e a relevância do Conselho Leonino. Sinceramente!
Não consigo perceber o que fazem  - e qual a sua real contribuição - não sei quantos conselheiros que se reúnem para, supostamente, discutir o Sporting.
Sendo apenas um órgão consultivo e não executivo, não percebo e nunca percebi a razão da sua existência, a não ser à luz da manutenção de um status quo, das mesmas esferas de influência e um pouco - porque não dizê-lo - de "socialite".

O Sporting, no meu entender de sócio, deve ser discutido por todos os sócios, sejam eles vindos de famílias mais ou menos bafejadas pela sorte, tenham eles mais ou menos influência ou sejam eles mais ou menos letrados. A única divisa requerida para discutir a vida do clube, nas suas mais variadas vertentes, devia apenas ser o seu número de sócio e as respectivas quotas em conformidade.
Pergunto: O que é que José Corrêa de Sampaio, Miguel Afonso, Vasco Lourenço, José Eduardo Sampaio, Zeferino Boal, Helder de Oliveira, Nicolau Santos, António Feu, José Maria Cazal-Ribeiro, Luis Borges Rodrigues, Eduardo Marçal Grilo, João Trindade, Vera Jardim, Mário Máximo, Paulo de Abreu, João Duque, Rogério Beatriz, Nuno Manaia da Costa, entre muitos outros, tem a mais para discutir o Sporting do que qualquer outro sócio, para além de uma eleição para um órgão que tarda em desaparecer e que fractura a própria denominação de sócio em duas.

Há, como se percebe, os sócios "normais" e os sócios ilustres. Os sócios normais - a ralé -, paga as quotas e não bufa (cada vez menos) e os sócios, ilustres (???), pagam as mesmas quotas, com o mesmo valor, mas, no tal órgão consultivo que para nada serve, podem fazer os seus joguinhos florais de influências, jantares e reuniões das quais não há o mais pequeno indício de utilidade. Tudo - ao que parece - bancado pelo Sporting, como se o Sporting fosse um clube rico.

Olhando para o presente, de clara contenção em todos os aspectos, ainda mais se questiona a existência deste órgão. Há quase dois anos que o caminho tem sido desastroso, calamitoso e rumo ao abismo e as informações que os sócios "normais" têm das reuniões-fantasma do CL é que o apoio a este desgoverno tem sido uma constante. E as perguntas ficam no ar.
Se não existem resultados financeiros e desportivos, se não há um projecto sustentável, se não há um rumo claro, se não há sequer uma ideia vencedora ou potencial que sustente este edifício, apoiam o quê? O que é que há, realmente, para apoiar?
Muito rapidamente chegamos à conclusão que eles, no fundo, apoiam nada, porque até para apoiar é preciso tomar uma posição. O que os conselheiros têm feito há décadas é manter a ideia viva porque enquanto a ideia viver, por péssima que seja para o clube, as suas cadeiras não arrefecem.
A prova disso está aqui.

Por isso, fazendo minhas (e adaptando-as) as palavras do malogrado General Humberto Delgado, diria: "Obviamente, extinguia-o!"

1 comentário:

  1. To cut a long story short, tenho de repisar a minha teoria. Senhoras da secretaria, meninas da Loja Verde e o roupeiro Paulinho. Todos os outros, "allez, allez" e era necessário criar-lhes de tal forma um ambiente hostil que nunca mais se sentissem bem em ir a Alvalade nem tivessem sequer "tomates" para aceitar lugares de "paineleiros" em programas de "caneiros" televisivos.
    Com justiça a sério, muito provavelmente metade dos dirigentes que passaram pelo Sporting Clube de Portugal iria para a cadeia e a outra metade fechava-se em casa, caladinha a ver os jogos pela TV.

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