terça-feira, 20 de março de 2012

Setúbal repetido

O jogo de Setúbal foi mau, mau para o Sporting, mau para a arbitragem e só se aproveitou, desse jogo e para o Setúbal, o resultado. Ontem não foi muito diferente, apesar das evidentes diferenças.
O Sporting mostrou, nos primeiros minutos, incapacidade confragedora para assentar o seu futebol e, de repente, sem que o Gil Vicente tivesse contribuído muito para o facto, já que pouco ou nenhum perigo tinha criado, de um excelente remate do meio da rua, apanha-se a vencer. Se a estratégia bem montada de Paulo Alves era de contenção, essa estratégia redobrou com a vantagem.
A verdade é que o Sporting, a partir dos 20/25 minutos finalmente conseguiu impor o seu futebol e até final da 1ª parte encostou o Gil à sua área, sem no entanto conseguir fazer o golo do empate.
Na segunda parte, Sá Pinto, faz aquilo que lhe compete: Dá mais tracção na frente, no intuito de continuar o assalto à baliza gilista, mas depois "apareceu" Bruno Paixão.
O lance de Schaars prova mais uma vez que é muito fácil enterrar o Sporting, por ser tão fácil marcar o que quer que seja contra o clube. Num lance em que claramente a bola lhe vai à mão, fora da área, o Paixão que é - e sempre foi incompetente - extrapolou um penálti e respectivo amarelo. O lance é defendido por Patrício e no seguimento do lance, João Pereira - parece-me - mete mesmo mão à bola. A questão pertinente é que se não fosse marcado o primeiro, não existia o segundo, pelo que o erro crasso parece-me demasiado evidente.
O Sporting acusou o golpe mas lançou-se na discussão, sem grande discernimento, é verdade, mas ainda assim, com muita alma.
Já o Sporting fazia por se levantar e o Paixão decide, de novo, intervir decisivamente no jogo, praticamente gorando as possibilidades leoninas. Schaars, que fora mal amarelado naquele pseudo-penálti, volta a ser mal amarelado num lance em que faz falta, mas de todo a mesma é merecedora de amarelo. A entrada é imprudente, mas é um contacto de corpo com algum espalhafato. Mais grave foi a entrada assassina à perna de Xandão, ainda na primeira parte, que não mereceu sequer a marcação da respectiva falta, por parte deste pseudo-árbitro. Falta essa que, na minha óptica, seria merecedora de vermelho directo.
Há, portanto, "lances" a mais num jogo que até foi bem disputado e "rasgadinho". Ao Gil foram perdoadas duas expulsões e ao Sporting foram debitadas sem que houvesse qualquer razão, uma expulsão e um pseudo-penálti que dá origem ao verdadeiro e ao respectivo golo do Gil.
No fundo, falar deste jogo e não perceber que a influência do Paixão no mesmo foi decisiva para o desfecho, é premiar a estupidez, mas por outro lado, o Sporting também tem culpa - e muita! - no cartório, pela abordagem negligente que fez ao jogo e pela falta de, nos primeiros minutos, de postura competitiva coadonante com os seus pergaminhos e até com o que vinha fazendo.
Aquilo que eu acho fantástico é agora vir-se criticar o Bruno Paixão, pedindo inclusive a sua irradiação quando na altura de apoiar A, B ou C para o órgão A, B ou C o Sporting, institucionalmente, apoiou a lista do sr. Vítor Pereira, que tanto mal tem feito à instituição e já depois do boicote de início de época, por parte dos árbitros, ao Sporting, com o conluio e anuência de Vítor Pereira, então na Liga.
O Bruno Paixão é mau porque é incompetente com laivos de assoberbada estupidez, mas sempre o foi. E esta ordem de pensamento aplica-se também a Duarte Gomes, a João Ferreira, a Lucílio Baptista e a muitos outros. Árbitros que, claramente, devem ter algum problema com a instituição Sporting e que normalmente, por negligência, por incapacidade ou mesmo por vontade própria, nos prejudicam sem apelo nem agravo.

Mudando de assunto: O antigo jogador José Eduardo, ladeado por Ângelo Correia e por Virgílio Lopes, deu ontem uma conferência sobre o Sporting, presente e futuro, alertando para o estado calamitoso e apresentando algumas alternativas. É justo e é aquilo que muitos sócios fariam com toda a certeza se tivessem a visibilidade e disponibilidade de José Eduardo.
Ainda não li o manifesto, mas daquilo que li da notícia, José Eduardo afirma que houve muitas coisas bem feitas pela actual direcção. Aqui, penso que José Eduardo foi politicamente correcto, porque se analisarmos friamente os números, percebemos claramente, que esta direcção, em consciência, se pode orgulhar muito pouco do 1º ano de mandato.
Praticamente tudo aquilo que foi prometido aos sócios, não foi cumprido com todas as consequências que isso trouxe, como são o aumento do passivo, da dívida, etc. Desde o não recurso à banca; aos empréstimos obrigacionistas; à auditoria que serve apenas para limpar o rabo, tal a abundância de papel sem qualquer fim; às chorudas comissões pagas por transferências de jogadores de qualidade muito duvidosa e que pouco ou nada têm acrescentado (Rodríguez, Bojinov, Luis Aguiar); entre muitas outras.
Já para não falar nas centenas de episódios trágico-cómicos que têm acontecido sobre a égide desta direcção, como a dos corredores de acesso aos balneários ou das notícias "plantadas" pela Cunha Vaz e desmentidas pela própria Lusa, entre muitas outras.
Na minha óptica e só para dar um exemplo, a direcção, se defendeu Domingos como pilar essencial de um projecto de três anos, e o despediu ao fim de 9 meses, tinha que se demitir também, mesmo que isso criasse um vazio directivo, porque desta negligência, bipolaridade e incompetência estou eu farto.

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