quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Domingos, tens a palavra!

Esquecendo por breves horas o passado muito recente da gestão do Sporting, bem como a auditoria e seus resultados que, todos os ímpios abutres que orbitam o universo verde e branco têm afirmado, categoricamente, não determinar gestões danosas, hoje é o dia mais importante do futuro imediato do clube. É dia de taça de Portugal e um dia que se espera (e se exige) que seja de confirmação de uma passagem à final do Jamor onde - convenhamos - o Sporting tem a obrigação moral e histórica de marcar presença.
O Sporting parte para esta 2ª mão em desvantagem, por aquilo que não fez (e devia ter feito) na 1ª mão. Sofrer 2 golos em casa com o Nacional e apenas conseguir, a muito custo e após uma expulsão, chegar ao empate não devia ser permitido, por lei, em Alvalade. Mas foi isso que aconteceu e é com isso, que hoje, temos de lidar. E se na maioria dos casos a desvantagem, ainda que mínima, é má (e é sempre má), na forma como temos abordado os últimos jogos, essa mesma desvantagem é uma boa notícia, na medida em que obriga a equipa a assumir o jogo de forma clara, se o quiser ganhar. Não há, portanto, qualquer subterfúgio possível para uma equipa que joga a época neste jogo. Ou entra claramente para ganhar ou, percebe-se imediatamente, se entrarem na expectativa, que o Domingos e a equipa têm mais medo de perder do que vontade de ganhar, como tem acontecido nos últimos 8 jogos.
Outro dado, que vale o que vale, mas que costuma contribuir, na caso do Sporting, em muito boa medida é a estatística. E a estatística diz-nos que, desde que o Nacional subiu à 1ª divisão e por cá ficou em 2002, que o Sporting só venceu por 1 vez na Choupana (em 2006). Já o havia feito, na sua primeira passagem de 3 anos, por 2 vezes (em 88/89 e em 90/91). Quer isto dizer que, nos últimos 9 confrontos na Choupana, houve 3 vitórias para o Nacional, 5 empates e apenas a vitória de 2006, para o Sporting, com um golaço do Nani.
A Choupana sempre foi um estádio difícil, mas daquilo que me lembro, foi-o mais por culpa própria do que por culpa do adversário ou das condições adversas do estádio. É um recinto onde o Sporting, invariavelmente, não joga o necessário e por esse motivo, o registo histórico é bastante desfavorável.
O próprio momento anímico não é o ideal. Pondo de parte as inúmeras lesões e castigos, que depenam ainda mais o frango, o Sporting tem sido uma sombra do que era suposto ser. Não tem fio de jogo, não tem capacidade física e mental para encarar os jogos com a grandeza que se lhe impõe e isso pode redundar em mais um, dos muitos problemas, que esta meia-final nos apresenta.
Apesar deste lançamento bem negro de um jogo que decide a época, creio que o Sporting tem a faca e o queijo na mão - como aliás sempre teve - e é a abordagem que fizer ao jogo, adjuvado à concentração e espírito de conquista que vão decidir a contenda. Porque hoje não há recuperação possível. Ou se mata e se avança, ou se morre na praia.
Domingos, tens a palavra!

1 comentário:

  1. Como Sportinguista, quero obviamente, que o Sporting Clube de Portugal, logo à noite, vença o Nacional da Madeira, qualificando-se para a final do Jamor e que uma vez lá, traga mais um “caneco” para o nosso grandioso museu. Por tudo isso e por mais um dia, que decerto será bem passado, com outros amigos Sportinguistas, eu quero ir ao Jamor.
    Discordo no entanto, quando se diz que o Sporting Clube de Portugal decide a época no jogo de hoje.
    O Sporting Clube de Portugal decide, não só a época, mas também o seu incerto futuro, no jogo de sábado, frente ao Marítimo, numa Liga onde está proibido de perder mais pontos, se quiser alcançar o já longe 3º lugar, conquistando assim a hipótese de chegar à Champions League e dessa forma, obter mais algum desafogo financeiro que lhe permita encarar a época seguinte com um pouco mais de folga na corda que há muito, o leão, tem em torno do seu pescoço.
    Quando, quanto a mim, o 3º lugar na Liga, será a melhor conquista que o Sporting Clube de Portugal poderá alcançar esta época, poder-se-á afirmar que a época há muito que está perdida, pois é manifestamente muito pouco para um Clube com a sua história.

    ResponderEliminar